LÉON DENIS nasceu no dia 1.º de janeiro de 1846, na cidade de Foug, Lorena, França. Morreu no dia 12 de abril de 1927, na cidade de Tours. Autodidata, mostrou inclinações literárias e filosóficas desde a adolescência. Aos 18 anos travou contato com “O Livro dos Espíritos”, do Allan Kardec, tornando-se adepto da Doutrina Espírita. Desempenhou importante papel na sua divulgação, enfrentando as críticas do positivismo materialista, do ateísmo e a reação do catolicismo. Foi ainda membro atuante da Maçonaria. Em 1900, participou do II Congresso Espírita Internacional.
Participou, ainda, do Congresso Espírita de Liège (1905) e de Bruxelas (1910), ambos na Bélgica. A partir de 1910, a sua visão começou a diminuir, mas isso não o impediu de prosseguir no trabalho de defesa da existência e sobrevivência da alma. Logo depois da Primeira Guerra Mundial, aprendeu a Linguagem Braille. Em 1925, foi aclamado presidente do Congresso Espírita Internacional de Paris, no qual foi formada a Federação Espírita Internacional. Neste congresso quiseram tirar o aspecto religioso do Espiritismo, mas ele se opôs com tenacidade, apesar da acentuada velhice. Trabalhava no livro “O Gênio Celta e o Mundo Invisível” quando foi acometido por uma pneumonia.
Com a ajuda de duas secretárias, conseguiu concluir a obra. A sua grande produção na literatura espírita, bem como o seu caráter afável e abnegado, valeram-lhe a alcunha de Apóstolo do Espiritismo. Sempre afirmava que “a verdade assemelha-se às gotas de chuva que tremem na extremidade de um ramo; enquanto ali estão suspensas, brilham como diamantes puros no esplendor do dia; quando tocam o chão, misturam-se com todas as impurezas”. Para ele, “tudo o que nos chega do Alto corrompe-se ao contato com a terra: até o íntimo do santuário o homem levou suas paixões, as suas concupiscências, as suas misérias morais”. Assim, segundo seu pensamento, “em cada religião o erro, fruto da terra, mistura-se à verdade que é o bem dos céus”. Ao longo da vida manteve estreita ligação com a Federação Espírita Brasileira.