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BENTO GONÇALVES DA SILVA nasceu no dia 23 de setembro de 1788, na cidade de Triunfo, Rio Grande do Sul. Morreu no dia 18 de julho de 1847, na cidade de Pedras Brancas (atual Guaíba).

Filho de um alferes português e neto de um grande fazendeiro gaúcho, estava inicialmente destinado à carreira eclesiástica. A família mudou de ideia depois que ele matou, num duelo, um homem negro, o que o forçou a assentar praça. Incorporado a uma companhia de ordenanças, demonstrou vocação ao se engajar nas guerrilhas da primeira campanha cisplatina (1811-1812). Ao final da guerra, desincorporado como cabo, estabeleceu uma fazenda de criação de gado e uma casa de negócios em Cerro Largo, território uruguaio. Na segunda campanha cisplatina (1816-1821), seu prestígio como militar se confirmou. Em 1817 foi nomeado capitão.

Participou de várias batalhas até 1819. Em 1824 foi promovido a tenente-coronel. Em 1934, teve de se defender no Rio de Janeiro contra acusações de manter entendimentos secretos com Luís de Lavalleja, com o objetivo de incorporar o Rio Grande do Sul à República do Uruguai. Participante ativo do grupo conhecido por “farrapos”, organizou a revolução em seu estado. Mas os legalistas tomaram Porto Alegre e ele foi feito prisioneiro na Batalha da Ilha de Fanfa. Conseguindo fugir em 1837, reassumiu a chefia dos “farrapos” na condição de presidente da República Riograndense, que havia sido proclamada em 1836 por Antônio de Sousa Neto. Unindo-se à causa, o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi estendeu a ação revolucionária à vizinha província de Santa Catarina, onde, em 1839, proclamou a República Catarinense, ou Juliana, confederada à República Riograndense.

Os “farrapos” perderam batalhas decisivas contra as forças imperiais, comandadas pelo então Barão de Caxias. Nessa ocasião, ele próprio tinha renunciado à República Riograndense e ao comando do exército republicano. Nessa condição, foi vencido na Batalha de Canguçu em 1843. Entretanto, lutou pela república e pela federação até 1.º de março de 1845, quando foi assinada a paz em Ponche Verde. Já bastante doente não pôde comparecer ao ato, sendo substituído por outro grande líder revolucionário, Davi Canabarro. Sua vida foi retratada no cinema e na televisão. Foi interpretado por Antônio Fagundes na minissérie “O Tempo e o Vento” (1985) e por Werner Schünemann na minissérie “A Casa das Sete Mulheres” (2003). É considerado pelos historiadores um dos principais líderes militares do Brasil no século XIX.


 

 

 



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