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SEBASTIÁN FRANCISCO DE MIRANDA RODRÍGUEZ nasceu no dia 28 de março de 1750, na cidade de Caracas, capital da Venezuela. Morreu no dia 14 de julho de 1816, no Presídio das Quatro Torres, na cidade de São Fernando, Espanha. Estudou na Espanha e logo demonstrou pendores para a carreira militar. Com dezessete anos, obteve a patente de capitão. Durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos, entre 1779 e 1781, seguiu para aquele país, incorporando-se às forças revolucionárias. O objetivo era adquirir experiência para aplicar na futura libertação da Venezuela do domínio espanhol.

Viajou a seguir para a Europa, sendo muito bem recebido em várias cortes, graças à sua inteligência e cultura. Na Rússia, tornou-se protegido da rainha Catarina II, apoiadora das suas ideias. Em 1789, foi para a França para servir à República. Nessa condição, distinguiu-se na campanha contra a Prússia e na ocupação da Bélgica entre 1792 e 1793. Chegou ao posto de marechal-de-campo. Seu nome foi esculpido no Arco do Triunfo, monumento construído na cidade de Paris para homenagear os heróis da República. Mas, depois, suspeito de conspiração, precisou fugir para a Inglaterra. Se não tivesse feito isso, seria certamente levado à guilhotina.

Em Londres, fundou a Grande Reunião Americana, associação da qual fizeram parte, entre outros, o compatriota Simón Bolívar, o argentino José de San Martín e o chileno Bernardo O'Higgins. Através dessa entidade, enviava instruções aos patriotas hispano-americanos. Com recursos particulares e proteção inglesa, em troca de possíveis concessões futuras, equipou uma pequena expedição ao Mar do Caribe. Lá, atacou os espanhóis no Haiti em 1806 e foi parcialmente derrotado. Rumou, então, para as ilhas de Trinidad e Barbados, nas quais desembarcou com quinhentos voluntários. Nas batalhas, expulsou os espanhóis e lançou a primeira proclamação de independência. Com a cabeça a prêmio, dissolveu a expedição e voltou para a Inglaterra.

Entres os seus feitos mais expressivos está a denominação da Colômbia, em homenagem ao Cristóvão Colombo, o descobridor da América, depois que a região se libertou da Espanha. Afinal, regressou à cidade de Caracas, acompanhado do Simón Bolívar, depois da proclamação da independência em 1810. Fez parte do primeiro governo republicano do seu país, com o cargo de comandante das forças de terra e mar. Em 1811, assumiu a presidência da República, com poderes ditatoriais. Nessa ocasião, as forças espanholas contra-atacaram a Venezuela. Quanto perdeu a batalha na cidade de Valência, tinha de tal modo perdido o prestígio que o próprio Bolívar ficou contra ele. Rendeu-se, então, sob a condição de ser enviado para os Estados Unidos. Mandaram-no, porém, para Porto Rico e, depois, para a Espanha, onde morreu após cinco anos de cativeiro.


 

 

 



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