frederico-ii ale1Frederico II

FREDERICO II DA GERMÂNIA nasceu no dia 26 de dezembro de 1194, na localidade de Jesi, Província de Ancona, Itália. Morreu no dia 13 de dezembro de 1250, no Castelo de Fiorentino, Província de Apúlia.

Filho de Henrique VI de Hohenstaufen e de Constância da Sicília, herdou, ainda criança, o Reino da Sicília em 1197. Eleito pelos príncipes alemães, foi coroado, em Roma, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1220, pelo papa Honório III. Prometera à Santa Sé, em troca de apoio, combater os “infiéis” islâmicos, através de cruzadas. Mas, como seus predecessores, teve como maior preocupação armar seu poderio na Itália — e ali seus interesses se opunham diretamente aos da Igreja Católica. Para obrigá-lo a organizar uma prometida cruzada, o papa Gregório IX teve de excomungá-lo em 1227.

Finalmente realizada, a cruzada terminou sem derramamento de sangue, pois ele conseguiu do sultão do Egito a cessão pacífica de Jerusalém, Nazaré e Belém, fazendo-se ainda rei de Jerusalém. Essa atitude benevolente para com o Islã provocou a indignação do papa: em 1230, ao regressar, encontrou uma parte da Itália contra si, apoiada pela Santa Sé. Conseguiu, porém, estabelecer sua autoridade e levou o papa a assinar a Paz de São Germano em 1230. Na Alemanha, a revolta do seu filho Henrique o obrigou a fazer concessões importantes aos príncipes germânicos em 1235.

Ao retornar à Itália, conseguiu grande vitória sobre as cidades lombardas em Cortenuova, em 1237. Nova tensão se verificou, então, entre ele e o papado. Excomungado outra vez, agora pelo papa Gregório IX, contra-atacou energicamente e impediu a reunião do concílio que se estava preparando contra ele, prendendo os cardeais e marchando em seguida sobre Roma em 1241. Não havia, assim, mais nenhuma possibilidade de reconciliação: o papa seguinte, Inocêncio IV, obrigou o Concílio de Lyon, em 1245, a propor a sua deposição. Morreu cinco anos depois, deixando o poder imperial extremamente enfraquecido na Alemanha.

Considerado desde sua época um personagem extraordinário, foi cognominado “o primeiro homem da renascença”. Muito culto, protegeu as artes e as ciências. Dedicou-se à literatura, escrevendo poesias em italiano. Estimulou as atividades de ensino em Pádua, Bolonha e Salerno, fundou a Universidade de Nápoles e fez traduzir para o latim obras de vários autores da Antiguidade. No campo político-administrativo, ao contrário da maioria dos imperadores do Sacro Império, passou pouco tempo na Alemanha. Por essa razão, ele promulgou, em 1220, o Tratado com os príncipes da igreja (Confoederatio cum principibus ecclesiasticis), através do qual dava aos bispos poder secular, em troca do seu apoio à coroação de seu filho Henrique, assegurando assim o domínio daquela parte do império.


 

 

 



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