Alexandre

27/03/2020 — Está nas livrarias a obra “Alexandre, O Grande”, escrita pelos historiadores americanos Thomas Martin e Christopher Blackwell. A edição tem tradução da professora Maria Luíza Borges. Muitos autores da Antiguidade apresentam o rei macedônico como um deus. Nessa nova edição, os autores retomam a tradição de interpretação da figura do Alexandre amparando-se na literatura grega antiga. Abordam o nascimento do rei, num mundo de forte competição entre as mulheres da realeza, a formação militar dele e a rica educação geral recebida do preceptor Aristóteles. Ainda são analisadas as amizades, as rivalidades, as conquistas e as negociações diplomáticas do personagem histórico. Com 264 páginas, o livro tem preço sugerido de R$ 54,90.

livro1O Grande
ALEXANDRE — O GRANDE nasceu no dia 22 de julho de 356 a. C., na localidade de Pella, Macedônia. Morreu no dia 13 de junho de 323 a.C., na cidade de Babilônia, na Suméria (hoje Iraque). Filho do rei Filipe, teve Aristóteles como preceptor. Desde cedo, o pai o ligou às responsabilidades do governo. Aos 16 anos, governou o país, enquanto o pai lutava contra a cidade de Bizâncio, na Trácia. Em 336 a.C., com apenas 20 anos, subiu ao trono, tendo logo de sufocar uma rebelião na Grécia. Outra revolta grega o levou a arrasar a cidade de Tebas. Atenas só foi poupada por se ter submetido ao poderio macedônico.

Pacificada a Grécia, iniciou os preparativos para a conquista da Ásia. Derrotou os persas em 334 a.C., abalando profundamente o mundo egeu. Enquanto a maioria das cidades gregas lhe abria as portas, vencia a resistência de Mileto, no Sul da Jônia, junto à foz do Rio Meandro, e Halicarnasso (atual Bodrun, na Turquia), ocupando toda a costa da Ásia Menor. No Egito conquistado, fundou a cidade de Alexandria. Após a vitória na Batalha de Gaugamelos, em 331 a.C., e com a fuga do rei Dario III, o império persa enfraqueceu-se. O rei macedônio aproveitou a situação para tomar as cidades de Babilônia, entre os rios Tigre e Eufrates, Susa e Ecbátana (atual Hamadan, no Irã).

Por não se ter submetido, a cidade de Persépolis, então capital persa, situada na confluência dos rios Pulwar e Kur, foi incendiada. Prosseguindo em seus sonhos de conquista, atravessou a cordilheira do Indo-Kush, cadeia de montanhas entre o Afeganistão e o Paquistão, em direção à Índia, em 327 a.C. Desceu pelo vale do Rio Indo, onde combateu os reis locais. Suas conquistas só cessaram porque seu exército recusou-se a prosseguir. Morreu precocemente aos 33 anos, de febre, quando preparava uma expedição à África.  Na década de 1990, os médicos John Lascaratos e Alexander Damanakis, da Universidade de Atenas (Grécia), concluíram uma pesquisa, na qual explicam o porquê do seu nariz empinado e de sua cabeça sempre virada para a direita. Segundo eles, o problema pode ter surgido de algum ferimento em combate.

De acordo com a lenda, o rei teria perdido a visão várias vezes durante as batalhas de que participou. Inúmeras obras foram publicadas para contar a história do grande rei macedônico. Também no cinema, sua vida foi retratada em vários filmes. O mais recente deles foi realizado pelo diretor Oliver Stone em 2004. O rei foi representado pelo ator Colin Farrell. No elenco ainda estão Val Kilmer (rei Filipe), Angelina Jolie (rainha Olímpia) e Rosario Dawson (Roxana). Alexandre é apresentado como um homem com grandes ideais. Em sua mente, surgiu a ideia de que o mundo poderia ser governado por um só rei. Antes de sua morte, ele teria conquistado 90% do mundo conhecido. A história é contada por Ptolomeu ao seu escriba Cadmo. O filme retrata as grandes vitórias dos exércitos macedônicos e como elas foram aos poucos sendo esquecidas. É retomada a ideia de que o rei era de fato um deus: seria filho de Olímpia com Zeus, o deus supremo da Mitologia Grega.


 

 

 



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