Mehmed II
MEHMED II nasceu no dia 30 de março de 1432, na localidade de Edirne. Morreu no dia 3 de maio de 1481, na cidade de Constantinopla (hoje Stambul).
Quando tinha 11 anos, foi enviado a Amasya, uma grande cidade do norte da Turquia, para aprender a arte da governança. Assumiu o trono aos 12 anos depois que o pai, Murad II, abdicou em seu favor. Recebeu uma educação islâmica, religião que teve grande impacto em sua mentalidade.
Começou, então, a louvar e a promover a aplicação da Lei da Sharia — o código de conduta do Islamismo. Foi muito influenciado pelos líderes islâmicos, que pregavam a necessidade da derrubada do Império Bizantino. Assim, preparou suas forças militares nesse sentido. Em 1453, com 21 anos, começou o cerco a Constantinopla, a capital do império, com um exército estimado entre 80 e 200 mil homens e uma frota de 320 navios. A cidade ficou cercada por mar e terra. No início, vários tentativas de assalto falharam por causa das fortes muralhas — 192 torres de proteção.
A cidade viria a cair apenas em 1453. Isso significou a derrocada do Império Bizantino, iniciando outra fase política para a região, já que ele passou a conquistar inúmeras cidades da Europa, especialmente na área dos Bálcãs, estendendo em muito as fronteiras da Ásia Menor. Em 2011, a Editora Grua Livros lançou a sua biografia, escrita pelo norte-americano John Freely, com tradução de Adriana Oliveira. O autor centra sua história na figura polêmica do líder otomano, morto aos 49 anos. Ao mesmo tempo em que era reverenciado pelos turcos como um grande conquistador, o Ocidente o considerava um tirano cruel. Ao ponto de o papa Nicolau V chamá-lo de “filho de satanás, perdição e morte”.