Frederico Guilherme III

Nasceu no dia 3 de agosto de 1770, na cidade de Potsdam (atual capital do Estado de Brandemburgo, Alemanha). Morreu no dia 7 de junho de 1840, na cidade de Berlim.

Filho e sucessor de Frederico Guilherme II, deu, ao contrário de seu pai, o exemplo de virtude da vida familiar. Esforçou-se, mediante uma política prudente, por acertar a situação da Prússia (atual Alemanha) e até 1805 manteve a neutralidade nas diversas coalizões formadas contra a França. Contudo, ante a criação da Confederação do Reno, descontente por não te obtido de Napoleão o eleitorado de Hanôver e submetido às pressões do czar russo, entrou em guerra contra os franceses em setembro de 1806.

A vitória francesa em Jena e Auestaedt, mais a entrada do inimigo em Berlim (para onde só pôde retornar em 1809), provocaram o desmoronamento da Prússia, que ficou reduzida à metade pelo Tratado de Tilsitt (1807) e perdeu todas as suas possessões na Polônia e ao oeste de Elba. Na derrota, soube encorajar as reformas radicais de Karl Stein, Karl August Hardenberg e Gerhard Johann David von Scharnhorst, que empreenderam a reconstrução do estado prussiano e permitiram ao país regenerado tomar parte decisiva na “guerra da libertação” de 1813-1814.

Após o Congresso de Viena em 1815, que havia colocado a Prússia em sua categoria de grande potência (aumentando suas possessões na Renânia), abandonou a política de reformas inaugurada em 1807 e alinhou-se à política reacionária de Klemens Metternich. Hostil aos católicos, reuniu os luteranos e outros reformistas numa reunião protestante em 1817. Foi no final do seu reinado que teve lugar a formação do Zollverein (aliança aduaneira que teve como meta a liberdade alfandegária para os trinta e nove estados alemães). Administrativamente, foi um monarca preocupado com o sistema educacional. Assim, fundou em 1809 a Universidade de Berlim, que se tornaria com os tempos uma das principais instituições de ensino da Europa.