Cleópatra
CLEOPATRA THEA FILOPATOR nasceu no dia 2 de novembro de 69 a.C. e morreu no dia 12 de agosto de 30 a.C., na cidade de Alexandria, Egito.
Filha do faraó Ptolomeu XI Aulete, casou-se, segundo os costumes egípcios, com seu próprio irmão, Ptolomeu XII, com o qual reinou a partir de 51 a.C. Alguns anos depois, despojada de toda a autoridade real, retirou-se para a Síria, onde se preparou para reaver seus direitos pela força das armas. Nesta época, o ditador romano Júlio César se encontrava no Egito, perseguindo o desafeto Cneu Pompeu. Ele a ajudou a retomar o trono.
Tendo Ptolomeu XII morrido na luta com os romanos, ela passou a reinar juntamente com o irmão caçula, Ptolomeu XIII, que morreu pouco depois. Teve de Júlio César um filho, a quem chamou de Cesarion, mas que cujo nome verdadeiro era Ptolomeu XIV. Após a morte do ditador, encontrou o general romano Marco Antônio, que por ela se apaixonou. Ela o convenceu a participar do projeto de criação de um grande império oriental. Durante algum tempo, os planos dos dois pareceram uma grave ameaça à hegemonia romana no Mar Mediterrâneo.
O triúnviro César Otaviano — filho adotivo de Júlio César — os derrotou na Batalha de Actium em 31 a.C. Ela retornou, então, para Alexandria. Após o suicídio de Marco Antônio, ainda tentou usar seus encantos para obter a clemência do imperador romano. Otávio, porém, se mostrou inflexível. Quando se preparava para levá-la para Roma, ela se matou, fazendo-se picar por uma áspide, uma espécie de serpente venenosa. Com ela, acabou a dinastia dos Ptolomeus e a autonomia do Egito, que passou ao controle dos romanos. Inúmeros filmes foram feitos sobre sua vida. Destaca-se a produção de 1963, dirigida por Joseph L. Mankiewicz e com Elizabeth Taylor como protagonista. Na literatura, destaque para a biografia romanceada “Cleópatra — Rainha e Mulher”, lançada em 1989 pelo autor espanhol Terenci Moix.