MANUEL DIAS DE OLIVEIRA nasceu em dia e mês incertos do ano de 1764, na cidade das Cachoeiras de Macau, Rio de Janeiro. Morreu em dia e mês incertos do ano de 1837, na cidade de Campos dos Goytacazes, no mesmo estado. Ainda jovem, realizou os primeiros estudos de pintura graças à ajuda de um comerciante português. Este lhe propiciou a viagem a Portugal, onde esteve, primeiramente, na Cidade do Porto. Em seguida, estudou com o Pompeo Batoni, na Academia de São Lucas, na cidade de Roma, Itália. De volta ao Rio de Janeiro, foi nomeado regente de desenho e figura da Aula Régia, criada em 1800.
Foi a primeira escola de arte de que se tem notícia no Brasil. Introduziu, então, o ensino pelo modelo, ao invés da estampa, como era costume na época. Especialista na pintura de naturezas mortas e nos trabalhos decorativos, foi o responsável pela maior parte das decorações para a recepção, em 1808, do principe-regente Dom João VI. Com a chegada dos artistas da Missão Artística Francesa, liderados pelo Joachim Lebreton, em 1816, o seu prestígio foi abalado. Tudo ficou pior quando o Dom Pedro I, em 1822, o destituiu do cargo público. Depois de um tempo tentando se reafirmar, velho e cansado, desistiu da pintura e se retirou para a cidade de Campos dos Goytacazes, onde morreu.
Principais Telas
1798 — O Milagre de Santa Izabel
1800 — O Gênio da América
1813 — Alegoria da Nossa Senhora da Conceição
1815 — Retrato do Dom João VI e da Dona Carlota Joaquina
1817 — Leopoldina Na Ilha da Madeira
1819 — Alegoria do Nascimento da Dona Maria da Glória
1835 — Auto-Retrato
22/01/1997 — O destaque das páginas amarelas da revista Veja é o artista plástico Siron Franco. Engajadíssimo em questões políticas, já levou ao Congresso Nacional sessenta antas de gesso, para defender a ecologia, e 1.020 caixões de crianças, para protestar contra a mortalidade infantil. Também pintou o acidente com o césio 137, ocorrido na cidade de Goiânia-Goiás, e a queda do avião Folker da TAM, em São Paulo. É um dos artistas vivos mais valorizados no mercado. Já espalhou cerca de mil quadros pelo mundo. Em novembro de 1998, teve um quadro negociado na casa de leilão Sotheby´s de Nova York por trinta e três mil dólares. Disse ele, que, se morasse nos Estados Unidos, a tela seria vendida por, no mínimo, cem mil dólares. Além disso, realizou exposições em Bruxelas, Bélgica, e na Cidade do Panamá.
Frases
Mercado: “Vivo com o cheque especial estourado. Dos quatro mil quadros que fiz, dei boa parte, queimei outra. Se eu visasse o lucro, buscando as verdinhas, teria de modificar meus hábitos. Não me adapto ao mercado. Ele é que tem de se adaptar a mim”.
Filho: “Jean começou a se drogar aos doze anos, mas só vim a saber quando ele tinha dezesseis. Você não imagina estar pintando e ligarem avisando que o seu filho está em cima do prédio e que vai pular. Foi um momento difícil da minha vida, mas eu aprendi muito”.
Gessiron Alves Franco nasceu no dia 25 de julho de 1947, na cidade de Goiás, Goiás. Filho mais novo de um trabalhador rural, mudou-se para Goiânia ainda criança. Autodidata, começou com pequenos desenhos até evoluir para a pintura a óleo. Em 1967, fez o retrato da esposa do governador do seu estado, fato que lhe deu notoriedade junto à sociedade goiana. No ano seguinte, fez uma exposição na Bienal da Bahia, sagrando-se vencedor do Prêmio de Aquisição. Alcançado o sucesso nacional, voltou-se para o mercado internacional em 1976. Suas telas começaram a rodar o mundo, chegando ao auge, em 1987, com uma temporada de seis meses na Itália. Realizou mais de oitenta exposições individuais. Estima-se que tenha pintado mais de cinco mil quadros. É um dos poucos pintores brasileiros, cuja obra é reconhecida também no exterior.
Bandeira: cearense com gosto francês
Nasceu no dia 26 de maio de 1922, na cidade de Fortaleza, Ceará. Morreu no dia 6 de outubro de 1967, na cidade de Paris, França.
Iniciou-se na pintura como autodidata. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, realizou sua primeira exposição individual no Instituto dos Arquitetos do Brasil. Obtendo bolsa de estudos do governo francês, seguiu para Paris, onde estudou na Escola Superior de Belas Artes e na Académie de la Grande Chaumière. Juntamente com os pintores Camille Bryen e Alfred “Wols” Schulze fundou o grupo Banbryols. Em seus primeiros contatos com o movimento artístico parisiense, mostrou-se ligado ao figurativismo, evoluindo depois em direção ao cubismo.
Após realizar uma exposição individual na capital francesa, retornou ao Brasil em 1950, onde permaneceu até 1954. Durante esse período, executou o mural do Instituto dos Arquitetos do Brasil e participou das duas primeiras bienais de São Paulo, sendo premiado na segunda. Voltando para a Europa, estabeleceu-se definitivamente em Paris. Realizou exposições em Londres (Inglaterra), Nova York (Estados Unidos), Buenos Aires (argentina) e em outras grandes capitais da cultura. Há obras de sua autoria no Museu de Arte Modera do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu de Arte Moderna de Paris e outros.
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Volpi
ALFREDO VOLPI nasceu no dia 14 de abril de 1896, na cidade de Lucca, Toscana, Itália. Morreu no dia 28 de maio de 1988, na cidade de São Paulo. Aos dois anos de idade veio coma família para São Paulo, fixando residência no Bairro do Cambuci. Autodidata, começou a pintar em 1911 ainda na adolescência, executando murais decorativos. Em 1922, passou a pintar também sobre tela e madeira. Antes da fama, porém, trabalhou até 1925 como decorador de casas, principalmente dos novos ricos que se instalaram na Avenida Paulista. Sempre dizia que “é sempre a cor que domina um quadro, senão, se faz um desenho: só linha e forma”.
De 1937 a 1940 integrou o Grupo Santa Helena, juntamente com Francisco Gonzales Rebolo, Mário Zanini e Aldo Bonadei. Integrou ainda a Família Artística Paulista, que se dedicava a uma pintura tradicional e figurativa. Em 1944 realizou a sua primeira exposição individual. Nos anos de 1950 evoluiu para a abstração geométrica, com uma série de bandeiras e mastros de festas juninas. Esta se tornaria a sua fase mais marcante, de acordo com os críticos de arte. Recebeu o prêmio de melhor pintor nacional na 2.ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo em 1953. Participou da Bienal de Veneza, Itália, em 1954, e da 1.ª Exposição de Arte Concreta dois anos depois. Morreu com 92 anos e deixou quatro filhos.
Quadro
27/11/2014 — “Bandeirinhas Com Mastros”, a tela de Alfredo Volpi, em leilão na Canvas Galeria de Arte, em São Paulo, foi arrematada por R$ 2 milhões por um empresário paulista. O quadro, registrado no Projeto Volpi, não era visto em público desde a retrospectiva dedicada ao pintor modernista em março de 2014. Pintada no início da década de 1970, a obra participou de várias retrospectivas do pintor desde 1975, entre elas a dedicada aos noventa anos do artista, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1986. O quadro se distingue da produção do artista pela cor e pela textura aveludada da tela, proveniente da casa de um colecionador mineiro, em que predomina o vermelho e se destacam bandeirinhas e mastros, figuras automaticamente associadas ao mestre modernista.
JOSÉ FERRAZ DE ALMEIDA JÚNIOR nasceu no dia 8 de maio de 1850, na cidade de Itu, São Paulo. Morreu no dia 13 de novembro de 1899, na cidade de Piracicaba-SP, assassinado por motivos passionais.
Em 1869 ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes e teve aulas com Vítor Meireles e Le Chevrel. Em 1876, viajou para Paris, França, com uma pensão oferecida pelo imperador Dom Pedro II, para aperfeiçoar-se com o artista Alexandre Cabanel. Passou a pintar obras tipicamente acadêmicas, como O Descanso da Modelo (1882). Entrou em contato com o movimento impressionista, mas não se influenciou pela nova técnica.
Neste mesmo ano, voltou ao Brasil e decidiu residir e trabalhar em São Paulo, onde passou a fazer retratos sob encomenda. Exibiu o quadro O Derrubador Brasileiro na Exposição de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, em 1884. Seguiu a tendência do retrato clássico, tornando-se um dos primeiros nomes do academicismo brasileiro a valorizar a temática nacional — mais especificamente a paulista —, com obras como Amolação Interrompida e Caipira Picando Fumo (1893). Suas pinturas registram personagens típicos do interior paulista, com seus objetos, roupas e costumes. A mudança agradou ao público e à crítica. Em 1898, foi premiado com a medalha de ouro do Salão Nacional de Belas Artes.
Follow @otiooda
© 2017 Tio Oda - Todos os direitos reservados