06/08/2014 — Está chegando às livrarias do Brasil a biografia “Josefina: Desejo, Ambição, Napoleão”, de autoria da historiadora britânica Kate Williams. A obra conta a história da imperatriz da França, com destaque para a relação que ela, embora sem ter um padrão especial de beleza, teve com o imperador Napoleão Bonaparte. Esse amor entre os dois “era carnal, passional e tão intenso que sobreviveu à separação, motivada pela incapacidade dela de gerar filhos”. Nascida em 1763 de uma família de brancos originários do Caribe, Josefina foi enviada a Paris aos quinze anos para um casamento de conveniência. Ainda casada, conheceu o jovem Napoleão (ainda soldado) e a paixão foi imediata. O livro foi editado pela Editora Leya, tradução de Luís Santos e 512 páginas.
Marie Josèphe Rose Tascher de la Pagerie nasceu no dia 23 de junho de 1763, na Ilha de Martinica, Caribe. Morreu no dia 29 de maio de 1814, na França. Filha de um militar, foi para a França em 1779, onde se casou com o Visconde Alexandre de Beauharnais, com o qual teve dois filhos. Em 1794, o marido foi executado em consequência do seu insucesso no comando de uma das guarnições do exército francês e de sua ascendência nobre, que o tornaram suspeito ante o partido dos jacobinos. Em decorrência, a esposa foi aprisionada.
Depois de libertada, tornou-se uma das mulheres mais vistas — e mais amadas — dos salões do governo revolucionário. Em outubro de 1795, conheceu o general Napoleão Bonaparte (seis anos mais novo do que ela), com quem se casou em março do ano seguinte. Bonaparte, por quem a paixão por ela o tornara extremamente ciumento, levou-a consigo quando da tentativa de invasão da Itália. Durante a expedição militar ao Egito, porém, ela ficou em Paris. Mostrou, nessa ocasião, que o ciúme do marido era justificado. Embora suas “escapadas” tenham sido descobertas, soube reconquistar o então cônsul.
Na condição de esposa, chegou a exercer grande influência na época do consulado de Napoleão. Participou ativamente da ascensão do marido, que deu um golpe de estado, tornando-se imperador. Foi coroada imperatriz em 1804, após o casamento religioso dos dois. Mas Napoleão queria um herdeiro. Como ela não mais podia ter filhos, acabaram por se divorciar em dezembro de 1809. Conservando o título de imperatriz, viveu, depois de divorciada, no Castelo de Navarra (Eure) ou em La Malmaison (perto de Paris). Durante esse tempo não cessou de manter correspondência com o ex-marido. Morreu em 1814, vítima de complicações decorrentes de uma pneumonia.