Éden

04/03/2022 — A Editora Bertrand está mandando para as livrarias mais uma edição do romance “O Jardim do Éden” do Ernest Hemingway. Publicado postumamente em 1986, esse foi o último romance escrito pelo autor americano. Iniciado em 1946, o texto em manuscrito levou quinze anos para ser concluído. Ao mesmo tempo, o autor escreveu outros romances como o “O Velho e o Mar” e o “Ilhas Na Corrente”. O “O Jardim do Éden” traça a vida de um jovem escritor americano e a belíssima esposa numa tórrida lua de mel pela Europa. Os críticos apontam traços autobiográficos na obra. O Ernest Hemingway é considerado um dos maiores de todos os tempos. Ganhou diversos prêmios literários, com destaque para o Nobel de Literatura em 1954.

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ERNEST MILLER HAMINGWAY nasceu no dia 21 de julho de 1899 na localidade de Oak Park, Illinois, Estados Unidos. Morreu no dia dois de julho de 1961, na localidade de Ketchum, Idaho.O pai era um médico de pouco prestígio e a mãe uma mulher apaixonada por música. Ela o encaminharia para ser um violoncelista, mas desde a juventude mostrou-se propenso à literatura, produzindo os seus primeiros contos em 1916, influenciado pela técnica do Jack London (Caninos Brancos) e usando as lembranças das regiões do norte de Michigan, onde a família costumava caçar e pescar.

Nesses primeiros contos demonstrou que sabia escrever uma estória de maneira envolvente, tendo por objeto narrativo o mundo de violência e a natureza selvagem que apareceriam em quase toda a sua obra, carregada de amargura e desilusão. Aos dezoito anos, ligou-se seriamente ao jornalismo. Trabalhando no Kansas City Star, aprendeu a empregar frases curtas, parágrafos com inícios breves e um inglês vigoroso, usando afirmações e evitando os adjetivos. Dentro desse estilo, o jornal exigia dele histórias que retratassem a realidade crua, fotografias em movimento, que seriam os primeiros ensaios para o livro Nosso Tempo, de 1924.

Em 1918, engajou-se voluntariamente no exército, desde que os Estados Unidos decidiram entrar na Primeira Guerra Mundial. As lembranças da guerra estão contidas no Adeus às Armas de 1929. De volta à cidade natal, foi recebido como herói, mas no O Lar do Soldado de 1926 revelou ter passado por violenta crise interior e por uma total ruptura com o ambiente familiar e com as convenções sociais da sua terra. Desgostoso do seu país, decidiu se exilar voluntariamente em Paris, França, onde participou do grupo conhecido como “geração perdida”. Em1924, resolvido a abandonar definitivamente o jornalismo, partiu para a Espanha, onde participou da famosa Festa de Pamplona, documentando-se sobre touradas, entrevistando espectadores, críticos e toureiros. Dessa experiência nasceriam dois livros: O Sol Também Se Levanta de 1926 e Morte Na Tarde de 1932.

De volta aos Estados Unidos em 1929, passou a viver longe de tudo e de todos. Depois de uma expedição à África, escreveu dois livros: As Verdes Colinas da África e A Hora Triunfal do Senhor Macomber, ambos de 1935. Angustiado com o desenvolvimento do fascismo, não hesitou em se alistar ao lado dos republicanos ao estourar a Guerra Civil Espanhola. Essa guerra seria retratada numa das suas mais célebres novelas: Por Quem os Sinos Dobram, de 1940. Viajou depois para a China e para Cuba. Dez anos mais tarde, voltou a escrever romances. Em 1950, surgiram Do Outro Lado do Rio e Entre as Árvores e, em 1952, O Velho e o Mar, em que revelou total amadurecimento literário. Nos dois anos que precederam sua morte, concluiu mais três obras: Verão Perigoso (1959), Paris É Uma Festa (1960) e Ilhas da Corrente (1961). Em 1954, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, pelo conjunto da obra.

Seguindo a sina do pai, que se suicidara em 1928, matou-se com um tiro de fuzil em 2 de julho de 1961, aos 62 anos. As obras do Hemingway foram fartamente vertidas para o cinema. Adeus às Armas de 929 foi adaptado pelo diretor Frank Borzage, tendo Gary Cooper como o protagonista Tenente Frederic Henry. Por Quem os Sinos Dobram chegou às telas pelas mãos do diretor Sam Wood em 1943. Outra vez, o Gary Cooper apareceu como protagonista, na pele do personagem Robert Jordan. O Velho e o Mar foi lançado em 1958, com John Sturges na direção e Spencer Tracy como narrador. O O Jardim do Éden lançado em 2008, com direção do John Irvin, com a Mena Suvari no papel da Catherine Hill Bourne e o Jack Huston no de David Bourne. O livro Por Quem os Sinos Dobram fez parte da coleção Clássicos, lançada pela Editora Abril em 1980. Em 2013, a Editora Bertrand Brasil reeditou a obra “O Velho e o Mar”.


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