THOMAS STEARNS ELIOT nasceu no dia 26 de setembro de 1888, na cidade de St. Louis, Missouri, Estados Unidos. Morreu no dia 4 de janeiro de 1965, na cidade de Londres, Inglaterra. Estudou na Universidade de Harvard, mas sofreu, desde a juventude, profunda atração pela velha cultura europeia. Entre 1910 e 1913, frequentou a Universidade de Sorbonne, em Paris, deixando-se influenciar pelos simbolistas franceses e entusiasmando-se com Henry James, John Donne, Robert Browning, Dante Alighieri e as últimas produções do teatro elisabetano. Já em 1908, descobriu os poetas malditos Jules Larforgue e Tristan Corbière.
Com o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, fixou-se na Inglaterra. Em 1917, escreveu sobre a poesia e métrica do Ezra Pound, outro poeta americano igualmente radicado na Europa e grande animador de movimentos literários. No mesmo ano, lançou um pequeno volume de versos. Nele, algumas composições eram velhas sátiras, ainda do seu tempo de faculdade. A publicação do “Poemas” em 1919, mais uma vez ficou patente sua admiração pelos escritores franceses. Denotou também evolução como poeta durante os primeiros anos do pós-guerra. Nessa época, entrou em contato com as ideias do T. E. Hulme, cujas concepções deram início ao Imagismo, precursor do modernismo poético na Inglaterra.
O canto da desolação da Europa do pós-guerra apareceu no “Terra Devastada”, de 1922. Ele se levanta contra a anarquia instaurada pelo Romantismo, recusando-se a considerar a poesia apenas como uma efusão individual. Essa obra, marcada pela ordem, pelo emprego de alusões e de símbolos, caracterizou claramente suas posições, que nela aponta o vazio, a futilidade da existência privada da fé ou mesmo de uma instabilidade interior, ao mesmo tempo em que considera a morte como um meio de adquirir uma verdadeira vida. Entre 1922 e 1928, foi diretor da revista Criterium. Com isso, passou a ser muito influente na difusão das letras europeias. Ao se tornar cidadão britânico, adotou as práticas da Igreja Anglicana. Resumindo: “anglicano em religião, clássico em literatura, realista em política”.
As aparências materiais e a realidade espiritual lhe inspiraram o poema “Ash-Wednesday”, de 1930. Nesse poema, os temas da redenção e da penitência alternam sentimentos contraditórios. Essas preocupações espirituais apareceriam também no poema “Quatro Quartetos”, escrito entre 1935 e 19943. Depois do “Sweency Agonistes”, de 1932, tentou adotar um ritmo sincopado e rápido para os poemas e diálogos teatrais. Em 1934, realizou uma nova experiência, reunindo muitos versículos da Bíblia na peça “A Pedra”, composta para uma representação sacra. Finalmente, em 1935, apresentou “Assassínio Na Catedral”, obra baseada no assassinado do prelado inglês Thomas Beckett (1118-1170), arcebispo de Canterbury, a qual se tornou, pela perfeita aliança entre lirismo e rigor clássico, uma das principais obras do teatro contemporâneo. Pelo conjunto da obra, recebeu, em 1948, o Prêmio Nobel de Literatura. É considerado pela crítica o maior poeta contemporâneo da língua inglesa.