Camille & Veja
05/03/2014 — O destaque das páginas amarelas da VEJA é a escritora americana Camille Paglia. Na entrevista, a autora mostra que, aos 66 anos, continua sendo uma fervorosa dissidente do feminismo ortodoxo dos anos de 1960. Segundo ela, ao priorizarem o sucesso profissional, as mulheres da geração dela deram “com a cara na parede”. Em breve, elas verão que as felizes de verdade não são as ricas e bem-sucedidas, mas as que, em vez de correr atrás do sucesso, se dedicaram a construir grandes famílias. Entre outras declarações polêmicas, ela diz que “a prevalência dos valores femininos nas casas, nas escolas e nos governos apagou a masculinidade do mapa e deixou os homens perdidos”.
CAMILLE ANNA PAGLIA nasceu no dia dois de abril de 1947 na cidade de Edicott, Estado de Nova York, Estados Unidos. De acordo com os críticos, é uma intelectual de contradições apenas aparentes. Escreve sobre uma gama bastante variada de assuntos, entre os quais religião comparada, feminismo, história da arte e cânon literário, além de grande ênfase no ensino da história. Ela se tornou célebre em 1990 ao publicar o livro “Personas Sexuais”. Exibindo enorme erudição, gerou muita polêmica ao desafiar o que ela própria denominou de “elite liberal”, incluindo acadêmicos, grupos feministas tais como a Organização Nacional das Mulheres. Em 2005, foi incluída na lista das 100 maiores intelectuais do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect.
Sobre
ser mãe
“Ser mãe me permitiu outras descobertas, entre elas a existência de uma rede de mulheres com enorme poder de organização e capacidade de administrar o próprio tempo.”
Sobre
os homens
“A masculinidade tradicional está numa encruzilhada. O que os homens podem ser? Como eles podem se diferenciar das mulheres?”
Sobre
Hillary Clinton
“... é completamente incompetente. Em tudo o que fez não obteve êxito. Seu currículo segue em branco, sem nenhuma grande conquista, exceto ter se casado com Bill Clinton.”
Sobre
o feminismo
“Eu vejo um mundo instável à frente, tanto política como economicamente. Acho que essa maneira de encarar as coisas baseada em gêneros está errada. É como se as mulheres tivessem respostas para tudo.”