alphonse-daudet-tar1Tartarin de Tarascon

A Editora CosacNaify está encaminhando para as livrarias a reedição do clássico Tartarin de Tarascon, do escritor francês Alphonse Daudet, com tradução de Carlito Azevedo e preço sugerido de R$ 33,00. Trata-se de um clássico da leveza: uma obra breve, acessível, de leitura fácil, cheia de graça e cor. Morador da provinciana Tarascon, Tartarin, o ridículo herói criado pelo autor apresenta-se como um grande aventureiro e caçador. Tem uma prodigiosa coleção de armas em seu escritório e no seu jardim só se encontram plantas exóticas (incluindo-se um baobá anão).

Na verdade, porém, ele nunca participou de uma caçada de verdade, pois os arredores de sua cidade são completamente desprovidos de animais. Fantasioso e ingênuo — Dom Quixote, o delirante cavaleiro criado por Miguel de Cervantes, costuma ser lembrado como a matriz de Tartarin —, o personagem afinal se vê obrigado a viajar para a Argélia na tentativa de matar um leão. Com essa paródia, o autor francês ganhou a admiração de escritores contemporâneos como Gustave Flaubert e Émile Zola. Essa nova tradução vem acompanhada de desenhos de Rafael de Sica. Segundo a crítica da Veja (27/03/2013), “o leitor neófito que porventura se intimide com peso tantas vezes associado aos clássicos está convidado a começar sua aventura literária por essa pequena pérola da literatura francesa”.

alphonse-daudet in1ALPHONSE DAUDET, o autor, nasceu no dia 12 de maio de 1840, na cidade de Nimes, Departamento de Gard. Morreu no dia 17 de dezembro de 1897, na cidade de Paris. Teve uma juventude difícil. Aos dezessete anos, foi obrigado a abandonar os estudos, tornando-se repetidor de aulas num instituto, experiência que iria descrever no livro A Pequena Coisa (1868). Transferiu-se pouco depois para Paris, onde publicou uma coleção de versos — Os Apaixonados (1858) —, levou uma vida boêmia e teve longa ligação amorosa, que lhe inspiraria o livro O Sapho (1884).

Tendo se tornado, em 1860, secretário do duque de Morny, começou a se fazer conhecer no teatro com a peça O Último Ídolo (1862), mas só atingiu a celebridade com o livro Cartas de Meu Moinho (1869). Foi influenciado por Fréderic Mistral, Jules de Goncourt e Émile Zola. Está ligado à corrente realista e naturalista por seu interesse pelas lutas dos infelizes e deserdados, expressas nas obras Fromont Jovem e Risler Mais Velho (1874), Jack (1876) e por seu gosto pelo registro dos costumes contemporâneos.

Evocaria assim a personagem de Morny e os costumes do Segundo Império em O Nababo (1877), o mundo dos soberanos europeus em Os Reis no Exílio (1879), o mundo do instituto em O Imortal (1880), etc. Os provençais lhe perdoaram rapidamente sua própria caricatura no célebre personagem Tartarin (Tartarin de Tarascon, de 1879, e Tartarin Nos Alpes, de 1885). Deve também à Região de Provença sua melhor peça teatral: O Arlesiano (1872), para a qual Georges Bizet escreveu uma música de cena. Sua obra mais célebre é Contos de Segunda-Feira, de 1873, na qual se encontra o eco das adversidades da guerra de 1870/71. Além de romances e peças teatrais, escreveu também algumas memórias.


 

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