PEDRO AUGUSTINHO CARON DE BEAUMARCHAIS nasceu no dia 24 de janeiro de 1732 e morreu no dia 18 de maio de 1799, na cidade de Paris, França. Antes de se tornar escritor, foi relojoeiro. Recebeu na infância e na adolescência sólida instrução. Iniciando-se depois no ofício paterno, chegou a inventar um novo tipo de mecanismo para regular o movimento dos relógios. Obteve, assim, o título de “relojoeiro do rei”. Fabricou relógios de pulso e de parede para o soberano, para a família real e para a corte.
Para a famosa Madame de Pompadour, a preferida do rei, criou um relógio engastado numa joia. Casando-se com uma jovem viúva, acrescentou ao seu nome o de “Beaumarchais”, em referência a uma das propriedades da sua mulher. Viúvo depois de um ano, confirmou, como músico, o seu prestígio na corte. Bom tocador de harpa, aperfeiçoou esse instrumento através de um dispositivo de pedais. Enriquecido pela especulação, comprou um posto de secretário do rei, o que lhe passou a conferir nobreza. Em 1767, apresentou a sua primeira peça teatral, denominada “Eugénie”, seguida, em 1770, da “Os Dois Amigos”.
Ambos os trabalhos foram considerados de pouco valor artístico pela crítica da época. Acusado de fraude e extorsão, defendeu-se através das suas “Memórias”. Em 1775, foi representada a comédia “O Barbeiro de Sevilha”, na qual foi introduzido o célebre personagem Figaro. Esse personagem retornaria triunfalmente em outras oito peças subsequentes. O autor fundou, em 1777, a Sociedade de Autores, com o objetivo de defender os direitos autorais dos escritores dramáticos. Nessa época, lançou a primeira edição das “Obras Completas”, de Voltaire. Durante a revolução, seus bens foram confiscados. Viveu anos de miséria na Alemanha. De volta a Paris em 1796, publicou uma memória justificativa (“Minhas Seis Épocas”) repleta de ironia.