ALPHONSE MARIE LOUIS DE PRAT DE LAMARTINE nasceu no dia 21 de outubro de 1790 e morreu no dia 28 de fevereiro de 1869, na cidade de Paris, França.
Estudou numa escola rural, ao lado dos filhos de camponeses, e no colégio jesuíta de Belley. É considerado pela crítica um dos maiores românticos do seu país: seus versos praticamente renovaram a poesia francesa, no momento em que se esgotara a abstração do Classicismo. Deixou, sobretudo, poemas relacionados à vida amorosa. Assim, atribui-se Graziella, escrito em 1844, a um romance que teria vivido em sua viagem à Itália em 1811. Por outro lado, a ode O Lago, publicada em 1820 nas Meditações Poéticas, é atribuída à sua paixão por Julie Charles, que conhecera em 1816.
Deixou também um profundo trabalho sobre a poesia e a época em que viveu, em especial nos quatro volumes Lembranças, Impressões, Pensamentos e Paisagens. Neles, apresenta-se como um liberal afastado dos dogmas cristãos. Preocupado com a essência das coisas e seus símbolos, escreveu poesias carregadas de um novo ritmo, já prenunciando o Simbolismo. Publicou também obras históricas (Histórias dos Girondinos e A Marselhesa da Paz) e romances autobiográficos (Confidências, Novas Confidências, Rafael, Genevieve, etc.). Comprometido com sua época, serviu no corpo de guarda do rei Luís XVIII. Mas para escapar ao serviço de Napoleão Bonaparte, emigrou para a Suíça.
Em1833, quando viajava pelo oriente, foi eleito deputado pelos representantes do Departamento de Bergues. Passou, então, a trabalhar a favor do liberalismo. Pretendia que os conservadores acatassem a justiça social, pois acreditada na inevitabilidade da revolução das classes trabalhadoras. Seu prestígio político, no entanto, acabou por se desgastar. Frustrado com a ascensão de Luís Filipe ao trono da França, retornou à poesia com Harmonias Poéticas e Religiosas (1830), Jocelyn (1836) e A Queda de um Anjo (1838). Foi membro do governo provisório e ministro do exterior em 1848. Depois de uma malsucedida candidatura às eleições presidenciais, escreveu apenas narrativas autobiográficas, terminando a vida em difícil situação financeira.