Afonso 4.º
Alcunhado de “o bravo”, nasceu no dia 8 de fevereiro de 1291 e morreu no dia 28 de maio de 1357, na cidade de Lisboa, Portugal. Assumiu o trono em 7 de janeiro de 1325. Sétimo rei de Portugal, era filho do rei Dinis I e sua mulher Isabel, princesa de Aragão. Era o único filho legítimo, mas o pai preferia a companhia de um de seus filhos bastardos, Afonso Sanches. Isso gerou uma rivalidade entre os irmãos. Quando se tornou rei, exilou o irmão bastardo para Castela, retirando-lhe todas as dignidades que o pai lhe dera.
O irmão não se conformou. Do outro lado da fronteira, orquestrou manobras políticas e militares para usurpar o trono. Depois de várias tentativas fracassadas, os dois irmãos assinaram um tratado de paz, sob as bênçãos da mãe, Isabel. Na condução dos negócios do reino, distinguiu-se pela contribuição dada à libertação da Península Ibérica, que fora invadida novamente pelos mouros. As lutas internas do reino de Castela permitiram que os mouros atacassem a região, destruindo a frota castelhana. Portugal juntou-se então às forças de Castela em Sevilha. Em 1340, as duas forças encontraram-se com o exército mouro na Batalha do Salado, conseguindo a vitória.
No âmbito interno, enfrentou uma grande carestia de cereais em 1343. Em 1347, ocorreu um terremoto que abalou a cidade de Coimbra, causando enormes prejuízos. Em 1348, a peste negra assolou o país, vitimando grande parte da população e causando grande desordem no reino. No seio da família, as coisas também não andavam bem. Devido às intrigas da corte, insurgiu-se contra o romance que o filho, Pedro, herdeiro presuntivo do trono, mantinha com a castelhana Inês de Castro. Autorizou, então, o assassinato da amante do filho. Este se voltou contra ele, saqueando a região de Entre-Douro-e-Minho. A reconciliação só viria em 1537. Como rei, é lembrado como um soldado e comandante corajoso, daí o apelido de “Bravo”. A sua maior contribuição nos níveis econômico e administrativo foi a importância dada à marinha portuguesa.