DOM PEDRO I, O CRUEL, nasceu no dia oito de abril de 1320 na cidade de Coimbra, Portugal, então uma das mais importantes da Europa. Morreu no dia 18 de janeiro de 1367 com apenas 47 anos na cidade de Estremoz. Era filho do rei Afonso IV com a princesa espanhola Beatriz de Castela. Como herdeiro do trono, teve desde criança uma educação esmerada. Ainda na adolescência, casou-se por procuração com a princesa espanhola Constança de Castela.
Em 1940, a esposa chegou a Portugal com numerosa comitiva. Aconteceu o inesperado. O príncipe apaixonou-se perdidamente pela Inês de Castro, dama de honra da esposa. Correspondido ardentemente nos sentimentos, o infante Pedro fez da Inês de Castro a sua amante. As coisas perante a nobreza do país ficaram muito ruins com essa situação. Ficaram pior ainda quando, com a morte da esposa Constança, o herdeiro do trono assumiu publicamente o romance com a amante. Inês de Castro passou a ter muita influência sobre o príncipe. O pai dele, o rei Afonso IV, para acabar com o problema, mandou matar a moça.
Pedro revoltou-se com a atitude paterna. Chegou até a se armar para combater o rei. Contudo, antes de acontecer o pior, o pai morreu. A seguir, foi coroado rei. A crônica da época dá conta de que Dom Pedro I fez sentar-se ao seu lado no trono o esqueleto da amada Inês de Castro recoberto de vestes brancas. O objetivo foi tornar público que a moça conseguira que a justiça fosse feita. Administrativamente, o reinado do Pedro I foi de prosperidade para Portugal. Mostrou-se, porém, arbitrário nas decisões. Logo após a coroação no dia 28 de maio de 1357, perseguiu e vingou-se dos assassinos da Inês e tornou reconhecido o casamento com ela. Muitas das atitudes dele levantaram suspeitas de que fosse possuidor de certo desequilíbrio mental.