Miguel 1.º

MIGUEL DO PATROCÍNIO XAVIER DE ALCÂNTARA nasceu no dia 26 de outubro de 1801 no Palácio Real de Queluz, Distrito de Lisboa, Portugal. Morreu no dia 14 novembro de 1866 na cidade de Wertheim, Alemanha. Era filho do rei Dom João 6.º com a rainha Dona Carlota Joaquina. Veio ainda criança para o Brasil em 1808 com a família real. Voltou para Portugal em 1821. No país natal, foi utilizado pela mãe na tentativa de esmagar o liberalismo e recuperar o absolutismo.

Assim, chefiou a “vilafrancada”, movimento sedicioso destinado a derrubar a Constituição do Porto promulgada em 1820, o que lhe valeu o comando do exército e a entrada em Lisboa como vencedor. A seguir, dirigiu a “abrilada”, cujo movimento envolvia, inclusive, o assassinato do próprio pai. Dona Carlota Joaquina instalou-se na cidade de Benfica, enquanto o rei teve de fugir para se abrigar num navio inglês. A seguir, o Dom João 6.º demitiu o filho do comando do exército. Como régio perdão, concedeu a ele licença para viajar por algum tempo pela Europa, numa forma atenuada de banimento.

De Viena na Áustria, o Dom Miguel reconheceu os direitos de sucessão do irmão Dom Pedro, que estava no Brasil como imperador. Coroado rei de Portugal depois da morte do pai, o Dom Pedro abdicou em favor da filha menor Maria da Glória. Assim, chamou o irmão para assumir a regência. Dom Miguel traiu os compromissos feitos com ele. Usurpou o poder em 1828 e se fez proclamar “rei absoluto”. O Dom Pedro, muito desgastado politicamente no Brasil, regressou a Portugal, onde, com o título de Duque de Bragança, lutou de armas na mão contra o irmão até a aceitação da derrota dele em 1834. A rainha Maria da Glória foi assim recolocada no cargo. Injuriado pelo povo, o Dom Miguel embarcou para a Itália. Mais tarde, fixou-se na Alemanha onde se casou com a princesa Adelina Sofia com quem teve vários filhos.