MANUEL I DE PORTUGAL nasceu no dia 31 de maio de 1469, na localidade de Alcochete. Morreu no dia 13 de dezembro de 1521, na cidade de Lisboa.

Cognominado “o Venturoso”, era filho do infante Fernando de Viseu e da infanta Beatriz e neto paterno do rei Duarte I. Seu cunhado, João II, lhe deixou em testamento o trono, por ser seu parente mais próximo, depois da morte acidental do herdeiro, o príncipe Afonso. Coroado rei em 1495, casou-se dois anos depois com Isabel de Castela, viúva do príncipe, herdeira da coroa de Aragão e Castela. Morta esta, em 1498, casou-se com Maria de Aragão, sua cunhada, e, em 1517, com Leonor da Áustria, irmã do imperador sacro germânico Carlos V.

Em seu governo, tomou diversas medidas internas e externas que ajudaram a ascensão portuguesa. Internamente, eliminou toda a oposição e estabeleceu a monarquia absoluta. Limitou os poderes e privilégios da nobreza, empreendeu diversas reformas judiciárias e decretou as Ordenações Manuelinas entre 1505 e 1521. Na economia, mandou cunhar novas moedas (inclusive o tostão) e na religião decretou o exílio dos judeus não convertidos ao cristianismo. Sua política externa permitiu a expansão ultramarina: durante o seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para as Índias e Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.

Promoveu a conquista e a ocupação de vários portos-chaves no Oceano Índico, estabelecendo, assim, as condições para a formação do império português no além-mar. Foram ainda exploradas Ilhas Molucas (Indonésia), alcançou-se a China, a Groelândia e a região do Labrador (Canadá). Incorporou ao título de rei de Portugal o de “Senhor da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Pérsia e Índia”. Internamente, estimulou o desenvolvimento das artes e das letras, além de patrocinar a construção de palácios, conventos e outros edifícios. Entre estes, destaca-se a Torre de Belém, na Praia do Restelo. Na política europeia, manteve a neutralidade portuguesa em diversos conflitos.