Bill Clinton
20/01/1997 — Tomou posse, nesta data, em seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. O ato aconteceu sob o signo de uma pergunta extremamente intrigante: será que ele tem mesmo uma marca característica nos órgãos genitais? E se tiver, vai ter de mostrar? A curiosidade nacional em torno da particularidade íntima tem um motivo sério. Uma ex-estagiária do Estado do Arkansas acusa o presidente de assédio sexual quando ele ainda era governador. Entre as provas do crime, Paula Jones menciona a tal marca peculiar, verificada a olho nu quando Clinton, de calças abaixadas, lhe teria solicitado sexo oral. Mais tarde, a suprema corte negou o andamento do processo.
WILLIAM JEFFERSON CLINTON nasceu no dia 19 de agosto de 1946, na cidade de Hope, Arkansas, Estados Unidos. Por causa da morte do pai, foi criado pelos avós. Nas escolas em que estudou, foi líder de classe, ávido leitor e músico talentoso. Mas não seguiu a carreira artística, preferindo cursar direito. Começou na política em 1964 como estagiário do senador democrata J. William Fulbright. Doutorou-se na Faculdade de Yale em 1973. Trabalhou com vários políticos democratas antes de retornar para o seu estado natal, elegendo-se, em 1976, procurador geral. Em 1978, concorreu e ganhou a eleição para governador. Foi reeleito em 1982 e em 1986, começando a reunir as condições para ser candidato a presidente.
Venceu a eleição presidencial em 1992, com 43% dos votos, o equivalente a 49,9 milhões de sufrágios. Concorreu com o republicano George Bush (pai) e com o bilionário populista Ross Perot. Na presidência, apresentou inúmeras leis de caráter liberal, entre as quais a instituição do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio. Entretanto, não conseguiu colocar em prática o seu projeto de reforma do sistema nacional de saúde. Entrou para a história por ter inaugurado o primeiro website oficial do governo federal, fato ocorrido em 1994. Mesmo com muitos escândalos nas costas, reelegeu-se em 1996. Bateu o republicano Bob Dole, com 49,2% do voto popular, o equivalente a 47,4 milhões de sufrágios. O fato mais importante do mandato foi o pedido de impeachment aprovado pela Câmara dos Representantes, mas rejeitado pelo Senado Federal.
