Lwanga & Companheiros

CARLOS LWANGA nasceu e morreu em dias e meses incertos de 1860 e 1886, respectivamente, em Uganda. Ele e seus vinte e um companheiros passaram para a história da Igreja Católica como “mártires de Uganda”. No Século XIX, esse país da África estava sendo alvo de comerciantes muçulmanos e de traficantes de escravos e de marfim (dentes externos de elefantes). Por essa época também chegavam exploradores europeus. Por volta de 1877, foi a vez dos primeiros missionários protestantes ingleses. Essa abertura do país para a religião ocasionou dois anos depois a chegada de padres franceses, da Ordem Secular dos Brancos. Essa ordem deu início ao processo de evangelização, redundando na conscientização da população e dando-lhe coragem para enfrentar a escravatura.

Toda essa movimentação começou a incomodar o Rei Mwanga. Desvairado, o rei começou a autorizar massacres indiscriminados de cristãos. Entre 1885 e 1887, muitos convertidos foram executados. O Carlos Lwanga e outros vinte e um, trabalhadores da corte do rei, estavam entre eles. Aconteceu assim: um dia, numa reunião com o rei, o grupo se fazia presente, ocasião em que o monarca ordenou a todos que não tinham a intenção de rezar que se dirigissem para o outro lado do muro. Lwanga e seus companheiros permaneceram juntos. Representando os demais, o líder afirmou a intenção deles em rezar até a morte. Revoltado com as palavras, o rei ordenou a morte do grupo. Os vinte e dois ugandenses foram beatificados pelo Papa Bento XV e, depois, no dia 18 de outubro de 1964, foram canonizados pelo Papa Paulo VI.

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