20200414aHuygens

CRISTIAN HUYGENS nasceu no dia 14 de abril de 1629 e morreu no dia oito de julho de 1695, na cidade de Haia, Província da Holanda do Sul, Holanda. Teve, desde cedo, a atenção voltada para os problemas mais humanísticos e filosóficos. Paralelamente, também se dedicou à ciência. Uma grande aptidão para o desenho, para modelos mecânicos e para a matemática acompanhou os estudos de Direito, desenvolvidos na Universidade de Leyde. Após se formar nessa área, passou a se dedicar à pesquisa matemática. Em 1951, fez a primeira análise crítica dos métodos de curvas e cálculos de quadratura de curvas e cálculo das probabilidades.

Cinco anos mais tarde, publicou a síntese desses estudos no livro “Tratado do Raciocínio em Jogos de Azar”. Foi na pesquisa que ele encontrou a expressão mais adequada à sua personalidade de cientista. Defendeu, porém, que a experiência em si não é suficiente. A experiência necessita de princípios e hipóteses que a fundamentem. Em colaboração com seu pai, descobriu um novo método de polimento de lentes, o que lhe permitiu observar o sistema de satélites do Planeta Saturno. Descobriu, assim, o sexto satélite daquele planeta, o Tritão. Ainda observou a forma dos anéis do planeta e esclareceu a natureza deles. Os dados colhidos nessas observações forneceram-lhe material para duas obras: “Saturno Numa Observação Nova” (1656) e “Sistema Saturno” (1659).

Coube ao Huygens, também, os primeiros estudos da Nebulosa Orion, o que fez com que uma das regiões desse aglomerado de estrelas ficasse conhecida pelo seu nome. Nas investigações astronômicas, o cientista percebeu a quantidade de erros que se acumularam devido à inexistência de um aparelho que medisse o tempo com exatidão. Preparou-se, assim, para a construção de um relógio de pêndulo, tarefa terminada em 1656. Dois anos depois, publicou o livro “Holorogium”, obra que expõe o funcionamento do invento e as possibilidade de, com ele, determinar as longitudes em alto-mar, problema de importância básica para o Século XVII, a era das navegações oceânicas. Em 1661, visitou a Inglaterra, onde a sua fama de cientista lhe rendeu a indicação para membro da Real Sociedade, perante a qual apresentou, em 1669, um trabalho sobre a colisão dos corpos elásticos.

O período que se estendeu de 1665 a 1681 encontrou o cientista holandês na França. Como protegido do rei Luís XIV, continuou os estudos sobre a dinâmica do pêndulo e se tornou uma espécie de orientador de outros matemáticos. Remontam também dessa época os trabalhos sobre a força centrípeta e a primeira incursão no mundo das teorias de luz. Nessa época, expôs as conclusões sobre a dinâmica de sistema, sobre a determinação da relação entre o comprimento de um pêndulo e o período de oscilação. Nas explicações, enunciou as leis da força centrípeta nos movimentos circulares uniformes. Preparou, assim, os alicerces da teoria do inglês Isaac Newton sobre a gravitação universal. O primeiro trabalho sobre a teoria ondulatória da luz foi apresentado à Academia de Ciências de Paris em 1678. Em 1861, por causa da agitação política, deixou a França e retornou à Holanda.


 

 

 



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