ALFREDO DE FREITAS DIAS GOMES nasceu no dia 19 de outubro de 1922 na cidade de Salvador, Estado da Bahia. Morreu no dia 18 de maio de 1999 na cidade de São Paulo. Romancista, dramaturgo, autor de telenovelas, era filho de Alice Ribeiro de Freitas Gomes e Plínio Alves Dias Gomes, um engenheiro. Fez o curso primário no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, dos Irmãos Maristas, e iniciou o secundário no Ginásio Ipiranga. Em 1935, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu o curso secundário no Ginásio Vera Cruz e posteriormente no Instituto de Ensino Secundário.
Em 1943, ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, abandonando o curso no terceiro ano. Foi no ambiente radiofônico que travou contato pela primeira vez com aquela que viria a se tornar sua primeira esposa, a então desconhecida Janete Clair. Com ela se casou em 13 de março de 1950, teve os filhos: Alfredo Dias Gomes, Guilherme Dias Gomes, Marcos Plínio (falecido) e Denise Emmer. Com a morte da esposa em 1984, casou-se posteriormente com a atriz Bernadeth Lyzio, com quem tem duas filhas: Mayra Dias Gomes (escritora) e Luana Dias Gomes . Em meio à preparação de mais um trabalho para a televisão, a minissérie Vargas — baseada em sua peça Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Glória —, morreu num trágico acidente automobilístico, ao sair de um restaurante no centro de São Paulo.
Essencialmente um homem de teatro, aos 15 anos escreveu sua primeira peça — A Comédia dos Moralistas — com a qual ganharia o prêmio do Serviço Nacional de Teatro e pela União Nacional dos Estudantes (UNE) no ano seguinte. Em 1941, a peça Amanhã Será Outro Dia chegou às mãos do ator Procópio Ferreira, que, empolgado com a qualidade do texto, resolveu encená-la.
Com esse ator, faria uma parceria sólida no teatro. De 1944 a 1964, adaptou cerca de 500 peças teatrais para o rádio, o que lhe proporcionou apurado conhecimento da literatura universal. Em 1960, voltou aos palcos com aquele que viria a ser o maior êxito de sua carreira, pelo qual se tornaria internacionalmente conhecido. Adaptada para o cinema, o “O Pagador de Promessas” seria o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação para o Oscar e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.
Em 1965, assistiu, perplexo, à proibição de sua peça O Berço do Herói, no dia da estreia. Adaptada para a televisão com o nome de Roque Santeiro, a mesma seria proibida uma década depois, também no dia de sua estreia. Somente em 1985, com o fim do Regime Militar, o público iria poder conferir a Roque Santeiro, uma das maiores audiências da televisão brasileira. Nos anos de 1990, viraria as costas de vez para as telenovelas, dedicando-se única e exclusivamente às minisséries. Foi eleito em 1991 para a cadeira número 16 da Academia Brasileira de Letras.