Aureliano Bastos, o polêmico
Aureliano Cândido Tavares Bastos nasceu no dia 20 de abril de 1839, na Cidade de Alagoas (atual Marechal Deodoro), Alagoas. Morreu no dia 3 de dezembro de 1875, na cidade de Nice, França. Além de escritor, era jornalista e historiador.
Começou o curso de direito na cidade de Olinda, Pernambuco, terminando-o em São Paulo, onde fez publicar os seus primeiros trabalhos literários na Revista Mensal e no Correio Mercantil. Eram comentários sobre direito penal, direitos de imprensa, artigos filosóficos e políticos. Doutorou-se em 1858, ano em que participou da Fundação do Instituto Acadêmico Paulistano. Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde obteve o cargo de oficial na Secretaria da Marinha. Eleito deputado por Alagoas em 1860, foi demitido de suas funções por críticas dirigidas à exagerada centralização do império e aos orçamentos da Marinha.
Publicou, então, em jornais, anonimamente, as “Cartas do Solitário”, reunidas em volume em 1862. Nessas “cartas”, defendia a abertura do Rio Amazonas à navegação mundial e a liberdade de comércio e a cabotagem. Seus artigos polêmicos na imprensa, sobretudo nos jornais Diário do Povo e Reforma, deixavam clara a sua preferência pelo sistema político americano. Batia-se pelo regime federativo e pela abolição gradativa da escravidão. Iguais ideias estão presentes em suas obras principais: “Os Males do Presente e as Esperanças do Futuro (1861); “O Vale do Amazonas”, resultado de uma excursão ao local em 1866; “Reflexões Sobre a Imigração” (1867), “A Província” (1870), “A Situação e o Partido Liberal” (1872) e “Estudos Sobre a Reforma Eleitoral” (1873). Em 1874, viajou à Europa, acabando por morrer na França. É o patrono da cadeira número 35 da Academia Brasileira de Letras.