Quintana
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MÁRIO DE MIRANDA QUINTANA nasceu no dia 30 de julho de 1906, na cidade de Alegrete, Estado do Rio Grande do Sul. Morreu no dia 5 de maio de 1994, na cidade de Porto Alegre. Fez os primeiros estudos na cidade natal. Em 1919, mudou-se para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar. Publicou na capital gaúcha as  primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e, depois, na farmácia paterna. Considerado o "poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica, trabalhou como jornalista quase toda a vida. Traduziu cerca de 130 obras da literatura universal, entre elas a “Em Busca do Tempo Perdido”, do Marcel Proust, a “Mrs Dalloway”, da Virginia Woolf, e a “Palavras e Sangue”, do Giovanni Papini.

Em 1953, trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura. Em 1940, lançou o primeiro livro de poesias, “A Rua dos Cataventos”, iniciando a carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a “Antologia Poética”, com 60 poemas, organizada pelo Rubem Braga e pelo Paulo Mendes Campos. O livro foi lançado para comemorar os 60 anos do poeta. No mesmo ano,  ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia, oferecido ao melhor livro do ano pela  União Brasileira de Escritores. Em 1976, ao completar 70 anos, recebeu a medalha “Negrinho do Pastoreio” do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980, recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. O prêmio Jabuti de “personalidade do ano” veio em 1981. Jamais se casou. Viveu, na maior parte do tempo, em hotéis.

Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!

Se me queres, enfim,
Tem de ser bem devagarinho, Amada,
Que a vida é breve
E o amor mais breve ainda...


 

 

 



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