navio negreiroEscravos

18/04/2022 — A Editora Antofágica está enviou para as livrarias brasileiras mais uma edição da obra “Navio Negreiro” do poeta baiano Castro Alves. O poema foi lançado originalmente em 1868 quando autor contava 22 anos e era um dos mais ferrenhos dos abolicionistas brasileiros. A obra é composta de seis partes, com 34 estrofes. O poema alterna métricas variadas para obter o efeito rítmico mais adequado a cada situação retratada. O diferencial na edição de agora está nas ilustrações do artista fluminense João Mulambö e posfácios da poetiza Eliza Lucinda e do crítico literário Luiz Henrique Oliveira. A edição também traz outros poemas do “poeta da liberdade”.

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Alves
ANTÔNIO FREDERICO DE CASTRO ALVES nasceu no dia 14 de março de 1847 na cidade de Muritiba no Estado da Bahia. Morreu no dia seis de julho de 1871 na cidade de Salvador, vítima de tuberculose. Passou a infância no sertão baiano. Mudou-se para a cidade de Salvador em 1852. Depois, na entrada da idade adulta, foi para a cidade do Recife no Estado de Pernambuco para cursar a Faculdade de Direito. Nessa instituição, destacou-se muito como orador inflamado e poeta. 

Dedicou-se especialmente aos temas sociais, com destaque para a abolição da escravatura. A primeira obra, a peça de teatro “Gonzaga ou a Revolução de Minas”, fez sucesso no teatro de Salvador em 1867. No mesmo ano, transferiu-se para a cidade de São Paulo para frequentar a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Nessa escola, estreitou laços com importantes opositores do regime imperial, como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa. Nessa época, durante uma viagem ao Rio de Janeiro, travou amizade com o escritores José de Alencar e Machado de Assis.

Em 1870, num acidente de caça, feriu o pé. Doente, retornou para a cidade de Salvador, onde publicou o livro “Espumas Flutuantes”. Os poemas mais conhecidos do poeta baiano são o “Vozes d´África” e “O Navio Negreiro”. Passou para a história como o “poeta da abolição”. Pelo estilo hiperbólico e grandiloquente, é considerado representante do condoreirismo, corrente que se origina na poesia épica do francês Victor Hugo. No cinema, o Castro Alves foi retratado duas vezes. O filme “Vendaval Maravilhoso”, uma produção portuguesa, saiu em 1949. No Brasil foi interpretado em 1999 pelo ator Bruno Garcia no “Retrato Falado do Poeta”.


 

 

 



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