Franklin Távora

JOÃO FRANKLIN DA SILVEIRA TÁVORA nasceu no dia 13 de janeiro de 1842 na cidade de Baturité, Estado do Ceará. Morreu no dia 18 de agosto de 1888 na cidade do Rio de Janeiro. Ainda criança, mudou-se com a família para a cidade do Recife. Após bacharelar-se na Faculdade de Direito da capital pernambucana, trabalhou como revisor num jornal local. Logo em seguida, conseguiu a nomeação para o cargo de diretor da instrução pública. Em 1868 elegeu-se deputado provincial (estadual). Ocupou ainda os cargos de secretário da presidência (governador) do Pará em 1873. Em 1874 transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar na secretaria do império.

Paralelamente ao trabalho no setor público, estudou e divulgou os temas folclóricos, tradições populares e a história do povo cearense, empenhando-se em criar uma “literatura do norte”. Com esse espírito, criticou severamente o conterrâneo José de Alencar, acusando-o de metropolitano, de total desconhecimento dos cenários geográficos descritos nas obras dele. A proposta literária do Távora seria formalizada na carta-prefácio do romance “O Cabeleira”, lançado em 1876. Além de colaborar em diversos jornais, fundou a revista “Consciências Livres” e dirigiu o semanário “Verdade” na cidade do Recife entre 1872 e 1873. Desiludido com a falta de interesse pelo seu trabalho histórico, destruiu diversos manuscritos e crônicas. Mas deixou para a posteridade uma vasta obra. O romance “O Cabeleira” virou filme em 1963.

Romances
1862  Os Índios do Jaguaribe
1866  A Casa de Palha
1869  Um Casamento no Arrabalde
1876  O Cabeleira
1878  Lourenço
1879  O Sacrifício