Jorge
& Quincas

28/08/2022 — A Companhia das Letras mandou para as livrarias uma nova edição do romance “A Morte e a Morte do Quincas Berro D´Água”, texto escrito pelo Jorge Amado. O livro foi lançado originalmente em 1959. Nessa época o autor baiano contava 47 anos e estava no auge da percepção criativa. De acordo com a trama, o personagem Joaquim Soares da Cunha era um exemplar servidor público e pai de família respeitável. Mas aos 50 anos resolveu radicalizar. Transformou-se no boêmio Quincas Berro D´Água, sujeito festejado por malandros e prostitutas das ladeiras da cidade de Salvador. O livro teve uma adaptação para o cinema em 1978, com o Paulo Gracindo na pele do Quincas.

Amado
JORGE LEAL AMADO DE FARIA nasceu no dia 10 de agosto de 1912 na cidade de Itabuna no Estado da Bahia. Morreu no dia seis de agosto de 2001 na cidade de Salvador. Por causa de uma epidemia de varíola na cidade natal, teve de se mudar com a família para a cidade de Ilhéus. Começou a participar da vida literária da cidade de Salvador, a capital, ainda na adolescência. Depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro a fim de ingressar na Faculdade de Direito.

Os primeiros trabalhos profissionais na capital carioca foi na área jornalística. Envolveu-se também com a política ao se eleger deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro em 1945. A obra literária dele é uma das mais significativas da história do país. O primeiro romance — “País do Carnaval” — saiu em 1931. Escreveu trinta e seis livros, vários dos quais adaptados para o cinema e para a televisão. Na época da Guerra Fria, foi um dos brasileiros investigados pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos. De acordo com documentos revelados em 2017, são 27 relatórios em que ele é citado como “garoto de recados dos comunistas”. Como outros escritores, o Jorge Amado tinha uma relação estreita como o cubano Fidel Castro.