expeditoparente in1Expedito Parente

EXPEDITO JOSÉ DE SÁ PARENTE nasceu no dia 20 de outubro de 1940 e morreu no dia 13 de setembro de 2011, na cidade de Fortaleza, Ceará.

Graduou-se na Escola Nacional de Química (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro) em 1965, obtendo o mestrado no ano seguinte. Fez especialização em tecnologia de óleos vegetais e em engenharia de óleos vegetais no Instituto de Óleos do Ministério da Agricultura. Também se especializou em tecnologia de couros na Escola Francesa de Tannerie, em Lyon, França. Em 1967, tornou-se professor da Universidade Federal do Ceará. Foi lá, no final da década de 1970, que desenvolveu o método de produção do biodiesel que viria a submeter ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Em 1983, obteve a patente, primeira do mundo para produção em escala industrial do biodiesel.

Nos últimos 30 anos, viu altos e baixos de sua invenção. Logo que patenteou o invento, o governo se interessou pelo novo combustível, que então se chamava pró-diesel. Em pleno regime militar, as autoridades lhe propuseram que desenvolvesse sigilosamente um bioquerosene para abastecer os aviões da Força Aérea Brasileira. Nos primeiros quatro anos da década de 1980, dedicou-se ao projeto militar. Em outubro de 1984, conseguiu fazer com que um avião bandeirante voasse em São José dos Campos com o bioquerosene. No aeroporto, chegou a ser recebido pelo então presidente João Figueiredo, num sinal de interesse do governo no projeto.

Mas, depois disso, surpreendentemente, o governo abandonou a idéia. Sem apoio oficial, não teve muito o que fazer, além de palestras sobre o assunto. Sua invenção não chegou a ter viabilidade comercial. Como prevê a lei, em 1990 a patente do biodiesel expirou e a tecnologia se tornou de domínio público. Em 1994, aposentou-se. Sete anos depois, montou a empresa Tecbio, que passou a conceber e a construir usinas de biodiesel. A empresa, em 2006, empregava 60 funcionários, dos quais 40 eram engenheiros e economistas. Naquele ano, faturou R$ 18 milhões com clientes da Espanha, Vietnã e Estados Unidos. Em 2007, o governo voltou a se interessar pelo assunto, convidando-o parar ser um consultor informal para a área de biocombustíveis. Nos últimos de vida estava envolvido num projeto para transformar o material recolhido dos esgotos em energia.


 

 

 

 



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