EDUARDO III DA INGLATERRA nasceu no dia 13 de novembro de 1312, na localidade de Windsor, Inglaterra. Morreu no dia 21 de junho de 1377, na cidade de Londres. Foi coroado no dia 1.º de fevereiro de 1327.
Foi proclamado rei enquanto seu pai — Eduardo II — ainda estava vivo. Ficou até os dezoito anos sob a tutela da mãe — Isabel da França — e do amante dela. A partir do momento em que começou a reinar por si próprio, em 1330, vingou a morte do pai, que fora assassinado por dois carrascos enviados por sua mãe. Enforcou o amante dela e a encerrou numa fortaleza. Tentou reconquistar a Escócia, perdida pelo pai. Lutou contra o rei escocês David II, mas apesar da grande vitória de Halidon Hill em 1333, não conseguiu regularizar a situação.
Neto pelo lado materno de Filipe IV — o Belo, disputou a coroa da França com Filipe VI de Valois. Esta foi uma das causas da famosa Guerra dos Cem Anos. Conseguiu a vitória de Crécy em 1346, tomou Calais em 1347 e, com seu filho — o príncipe de Gales, conhecido como “Príncipe Negro” —, teve papel importante em toda a primeira parte da guerra, que se encerrou com a captura de João II — o Bom, em 1356, e com Tratado de Londres, assinado em 1359. Menos feliz contra Carlos V, perdeu pouco a pouco as suas conquistas. No momento de sua morte, só lhe restavam alguns locais marítimos na França.
Na própria Inglaterra, teve de enfrentar uma grave crise provocada pela miséria, pela peste negra, pela revolta dos camponeses, pela agitação religiosa de John Wycliff, pela luta do partido da corte (dirigido por Jean de Gand e apoiado por Alice Perrers, a sua favorita) contra o partido parlamentar (dirigido pelo “Príncipe Negro” e por Edmundo Mortimer). No seu reinado, substituiu pela língua inglesa a língua normanda, então usada nos atos públicos. Criou a Ordem da Jarreteira para destacar aqueles que se esforçavam pelo reino e construiu o Palácio de Windsor. Depois de sua morte, ocorreram diversos conflitos entre os diversos ramos de sua descendência. Esses conflitos deram origem à Guerra das Rosas, na qual os seus netos, divididos entre as casas de York e Lencastre, disputaram a coroa numa sangrenta guerra civil.