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CAMILO BENSO nasceu no dia 10 de agosto de 1810 e morreu no dia 6 de junho de 1861,na cidade de Turim, Piemonte, Itália. No turbulento processo de independência e unificação da Itália — retalhada em 1815 pelo Congresso de Viena — o nome dele foi sempre citado como o de um político hábil, que soube pacientemente reunir forças na luta contra a dominação austríaca. De família nobre, trabalhou como oficial da engenharia militar, mas ideias liberais obrigaram-no a deixar o exército em 1831. Durante os dezesseis anos que se seguiram, dedicou-se a explorar suas terras.

Também aproveitou para viajar pela França e pela Inglaterra e completou o aprendizado em política. Em 1847, fundou, com o Conde Balbo, o jornal Il Risorgimento, no qual defendia o sistema representativo tal como era praticado na Inglaterra. Deputado em 1849, opôs-se aos ultrademocratas após a derrota de Novara (março), que marcou temporariamente o fim das esperanças italianas de libertação e unificação. Foi então ministro da agricultura, do comércio e da marinha no gabinete do rei Vítor Manoel II. Em 1851, assumiu a pasta das finanças e, no ano seguinte, o cargo de primeiro-ministro do reino. Formou um governo que reunia todas as tendências políticas do reino da Sardenha.

Cuidou igualmente da reorganização do exército. Obteve das tendências mais radicais a aceitação do primado absoluto da luta pela independência do domínio dos Habsburgos. Os patriotas, nesse período, afastaram-se do Giuseppe Mazzini, líder republicano, para ingressar na Sociedade Nacional, fundada por ele. Sob o pretexto de interesses na Região dos Balcãs, aliou-se à França na Guerra da Crimeia (1854). A intenção dele era ventilar, na futura conferência de paz, os problemas italianos. Para tanto, compareceu ao Congresso de Paris (1856), utilizando a oportunidade para envolver as grandes potências na luta contra os austríacos na Itália. Somente em 1858, conseguiu um encontro secreto com Napoleão III para discutir os meios concretos de levar a Áustria à guerra.

Depois do conflito, não concordou com a decisão do rei Vítor Manoel de aceitar as exigências do imperador francês. Por isso, pediu demissão. Em janeiro de 1860, porém, assumiu novamente o cargo, retomando a luta contra o papa, que era hostil à causa da liberdade da Itália e favorável à Áustria. Ao mesmo tempo, encorajou secretamente a expedição do Garibaldi na Sicília e em todo o sul do país. Finalmente, em 1861, convocou um parlamento italiano. Vítor Manoel proclamou-se rei de todos os italianos e Roma escolhida como capital. Mas, esgotado pelas lutas que tinha sido obrigado a manter, tanto contra inimigos externos, como internos, morreu pouco tempo depois. É reconhecido pelos historiadores como um dos principais artífices políticos da unificação (e da independência) da Itália, que estava dividida em vários reinos, muitos deles dominados pela Áustria.


 

 

 



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