25/02/2020 — O ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, morreu nesta data, aos noventa e um anos, informou a tevê pública daquele país. Ele submetera-se a uma cirurgia, após a qual ficou um mês sob cuidados intensivos. O anúncio se fez com um breve alerta, sem oferecer maiores detalhes. Mubarak governou o Egito durante trinta anos, até ser deposto por uma onda de protestos contra ele em 2011. Ficou preso por seis anos, mas libertou-se depois de ser inocentado da maioria das acusações.
MUHAMMAD HOSNI SAID MUBARAK nasceu no dia quatro de maio de 1928, na Província de Monufia, Egito. Entrou na Força Aérea do país em 1950. Dois anos depois, os militares, num golpe de estado, derrubaram o rei Farouk. Em 1967, o Estado de Israel quase acabou com a força aérea egípcia durante a Guerra dos Seis Dias. Depois disso, tornou-se líder da academia da aeronáutica, com a missão de reconstruí-la para responder a possíveis ataques do poderoso vizinho inimigo. O presidente egípcio de então, Anwar Sadat, pelo trabalho realizado, o recompensou com o posto de vice-presidente em 1975.
Após assinar um acordo de paz com Israel, o Sadat foi assassinado por militantes islâmicos em 1981. O Mubarak estava ao seu lado, mas escapou ileso. Como vice-presidente, assumiu o cargo supremo do país. Governou com base numa lei de emergência, a qual restringia os direitos dos cidadãos. A medida foi tomada para impedir a ação de militantes islâmicos. Durante o período à frente do Egito, venceu três eleições como candidato único. Convocou, em 2005, uma quarta votação, em que admitiu rivais. Apesar de sair vitorioso também nessa ocasião, acusaram-no de manipulação do pleito. Embora o país tenha conhecido relativo crescimento econômico em seu governo, a situação política deteriorou. Foi deposto, julgado e preso em 2011. Em 2014, o processo finalizou-se, sendo ele liberado para morar num bairro da cidade do Cairo.