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11/10/2019 — O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed venceu o Prêmio Nobel da Paz de 2019, em cerimônia realizada na cidade de Oslo, capital da Noruega. O governante africano receberá a condecoração pela atuação para o fim dos conflitos do seu país com a vizinha Eritreia. A entrega do prêmio acontecerá no dia dez de dezembro, na mesma cidade norueguesa. Ahmed, de quarenta e três anos de idade, constava entre os nomes mais cotados pelas bolsas de apostas para receber o prêmio. Ele venceu a ativista sueca Greta Thunberg e a primeira-ministra neozelandesa Jacinda Ardem. O acordo de paz entre a Etiópia e a Eritreia foi assinado em 2018, pondo fim a duas décadas de conflito entre essas duas nações africanas. O Nobel da Paz foi criado em 1901 para premiar as pessoas que lutam pela paz no mundo.

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ABIY AHMED ALI nasceu no dia 15 de agosto de 1976, na cidade de Beshasha, Província de Kaffa, Etiópia. Filho de um mulçumano com uma cristã ortodoxa, tornou-se, mais tarde, cristão evangélico, aderindo à Igreja dos Crentes do Evangelho Pleno. Na adolescência, começou na luta armada contra o governo comunista que se tinha instalado no país. Durante o conflito, que se estendeu por anos, ascendeu militarmente, chegando ao cargo de oficial de informação do exército. Mesmo assim, não esqueceu os estudos. Terminado o conflito interno, elegeu-se, em 2014, para o parlamento. Entre 2015 e 2016, esteve no cargo de ministro da Ciência e Tecnologia.

Ao mesmo tempo em que labutava na política, começou o curso de engenheiro de informática na Universidade de Adis Abeba, formando-se em 2017. No início de 2018, sua luta culminou com a eleição para primeiro-ministro. Empossado, iniciou programas de reformas estruturais nas áreas política, social e econômica. Politicamente, iniciou o processo de conversações para o término do conflito entre a Etiópia e a Eritreia, culminando com um acordo de paz entre os dois países. Esse trabalho lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz em 2019. Também implantou leis permitindo o retorno de políticos no exílio, iniciando o processo de multipartidarismo no país. Além disso, promoveu reformas no Poder Judiciário, possibilitando a ascensão de mulheres e carmos da Suprema Corte.


 

 

 



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