15/09/2018 — Está nas livrarias a obra “Antônio e Cleópatra”. De autoria do britânico Adrian Goldsworthy, o livro tem o subtítulo “A História dos Amantes Mais Famosos da Antiguidade”. De acordo com a sinopse da Editora Record, a história da dupla é a de um choque entre duas culturas, de ambição e crueldade, mas, também, de paixão.
O historiador revela, em mínimos detalhes, a dupla biografia, com grande habilidade e força narrativa, baseada exclusivamente em fontes antigas e evidências arqueológicas. O Marco Antônio foi o homem mais poderoso do mundo romano. A Cleópatra era a inteligente, ambiciosa e a bela rainha do Egito. Juntos, eles viveram num suntuoso esplendor, lutaram por um império e perderam, antes de darem fim às próprias vidas. O autor é um especialista na história da Roma Antiga.
Marco
Antônio
MARCUS ANTONIUS nasceu no dia 14 de janeiro do ano 83 antes da Era Cristã, na cidade de Roma. Morreu no dia 1.º de agosto do ano 30 antes da Era Cristã, na cidade de Alexandria, Egito. Pertencente a uma família patrícia de Roma, iniciou a carreira militar como comandante de cavalaria, a serviço do pro-cônsul Aulo Gabínio, em campanha na Palestina e na Síria. Depois, serviu com o Júlio César na Gália e, nomeado tribuno do povo em 50 a.C., colocou-se ao lado dele na luta contra a oligarquia romana. Comandante militar da Itália em 49 a.C., dirigiu, no ano seguinte, o flanco esquerdo do exército do Júlio César na Batalha da Farsália.
No cargo de cônsul em 44 a.C., após a morte do Júlio César, obrigou os assassinos a fugirem de Roma, conseguindo, junto ao Senado, que os atos do líder fossem confirmados. Perdeu terreno, porém, na competição com o Otávio, designado, por testamento, herdeiro do Júlio César. Entretanto, decidido a desalojar do comando da Gália Cisalpina um dos assassinos do Júlio César, Décimo Bruto, deslocou-se para o norte, sendo, porém, derrotado em 43 a.C. Neste mesmo ano, reuniu seu exército às legiões do Marco Emílio Lépido e do Otávio na cidade de Bolonha, onde foi formado o segundo triunvirato. Ao lado do Otávio, decretou proscrições, levando à morte quase todos os representantes do Partido Republicano.
Acertadas as coisas internas em Roma, os dois marcharam para a Macedônia, derrotando, em 42 a.C., as legiões do Décimo Bruto e do Caio Cássio. Na partilha dos comandos militares, recebeu a Ásia e a Grécia. Instalado em seu quartel-general na cidade Tarso, na Grécia, conheceu a rainha egípcia Cleópatra, partindo com ela, em 41 a.C., para a cidade de Alexandria. No ano seguinte, renovou o acordo com o Otávio. Pela Paz de Brundísio, foi confirmado no comando das províncias orientais. Em 37 a.C. exigiu do Otávio que lhe fossem enviadas quatro legiões para a pretendida invasão da Pártia (depois Pérsia; hoje, Irã), mas a ajuda não lhe foi enviada. O fracasso nessa campanha foi compensado com a anexação da Armênia e pelo regime de tutela instituído no Chipre, na Síria e na Palestina.
A partir daí, começou a se comportar como rei e não mais como um general romano. Isso desencadeou uma feroz propaganda contra ele em toda a Itália. Por causa disso, Roma declarou guerra ao Egito. Abandonado pelos principais oficiais, foi obrigado a combater as tropas do Otávio no mar. Foi finalmente derrotado em 31 a.C. De volta ao Egito, não tomou providências no sentido de organizar uma resistência a Otávio, que avançava triunfalmente sobre toda a Ásia. Esgotadas todas as forças em banquetes e bebedeiras, matou-se com sua própria espada, após receber a falsa notícia da morte da Cleópatra. A vida do Marco Antônio foi contada diversas vezes no cinema e na televisão. O último filme a respeito do general romano é o “Antônio & Cleópatra”, de 2018, com os britânicos Ralph Fiennes e Sophie Okonedo nos papéis centrais.