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GIOVANNI ANTÔNIO ANDREONI nasceu no dia 8 de fevereiro de 1649, na cidade de Lucca, Toscana, Itália. Morreu no dia 13 de março de 1716, na cidade de Salvador, Bahia. Formou-se em Direito Civil na Universidade de Perúgia depois de ali estudar três anos. Aos 18 anos, em maio de 1667, ingressou na Companhia de Jesus, vindo a lecionar num seminário jesuíta. O padre Antônio Vieira admirou-o muito e fê-lo vir para o Brasil em 1681, fixando-se na cidade de Salvador, Bahia.

Aí exerceu o cargo de reitor do colégio por duas vezes, tendo sido o provincial de 1705 a 1709. Fez breves visitas à Capitania de Pernambuco e à do Rio de Janeiro. Observador atento da economia, escreveu com profundidade e erudição sobre a realidade econômica da colônia, notadamente sobre a produção de açúcar, de tabaco, a criação de gado e a mineração. Além de apresentar dados sobre a produção, descreveu ainda as técnicas produtivas então utilizadas, comentando as condições de trabalho, sociais e políticas.

Em 1711, publicou em Lisboa a obra Cultura e Opulência do Brasil Por Suas Drogas e Minas. O livro é considerado o melhor que se escreveu sobre as condições sociais e econômicas do Brasil no início do século XVIII. Entretanto, apesar de sua amizade com o padre Antônio Vieira, suas opiniões eram divergentes, especialmente no que se relacionava à escravidão. Quanto à sua obra, a Coroa Portuguesa, advertida do risco de divulgação de tão detalhadas informações sobre as drogas e minas da sua principal colônia, proibiu-a e confiscou os seus exemplares. Os poucos que restaram, tornaram-se raridades bibliográficas. Essa obra, essencial para a compreensão da vida social e econômica do Brasil Colônia, só viria à luz em 1837, quando foi integralmente reeditada, no Rio de Janeiro.