manuel-da-nobrega1Nóbrega

MANUEL DA NÓBREGA nasceu no dia 18 de outubro de 1517, na localidade de Sanfins do Ouro, Trás-os-Montes, Portugal. Morreu no dia 18 de outubro de 1870, no Rio de JaneiroFormado em Direito Canônico na Universidade de Coimbra em 1541, chefiou o grupo da Companhia de Jesus que acompanhou o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, aportando na Bahia em 1549. Logo após sua chegada, fundou o primeiro colégio do país, inaugurando o ensino regular em terras brasileiras.

Possuidor de inegáveis qualidades de liderança, dedicou-se à catequese indígena e à instrução dos filhos dos colonos e dos órfãos enviados pela coroa portuguesa. Também evangelizou os lusos residentes no Brasil, segundo ele “mais necessitados de religião e de moral do que os bárbaros”. Em 1552, seguiu com Tomé de Souza em viagem pelas capitanias do sul, onde já se desenvolvia a evangelização nos colégios jesuíticos de Ilhéus, Porto Seguro, Espírito Santo e São Vicente. Durante essa viagem, recebeu a notícia de sua nomeação para primeiro provincial da Companhia de Jesus no Brasil.

Deve-se a ele a iniciativa da fundação do Colégio de São Paulo do Campo de Piratininga, núcleo inicial da atual cidade de São Paulo, empreendimento que coube ao padre Manuel de Paiva, em 1554. Em fins de 1560, acompanhou o terceiro governador-geral, Mem de Sá, na expedição que visava à expulsão dos franceses da Baía da Guanabara. Na sequência, influiu decisivamente na fundação da cidade do Rio de Janeiro. Em companhia do padre José de Anchieta, promoveu a paz e a aliança entre os índios tamoios e os portugueses em 1563. Foi o fundador e o  primeiro reitor do Colégio dos Jesuítas do Janeiro (1567), onde faleceu. Entre as suas obras literárias, destaca-se o Diálogo sobre a Conversão do Gentio, escrito entre os anos 1556-1557, quando estava vivendo na aldeia São Paulo, próximo a Salvador. A crítica especializada diz que o livro é um documento notável pelo equilíbrio com que apresenta os aspectos negativos e positivos do índio, do ponto de vista da sua abertura à conversão.


 

 

 



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