Morreu no dia 02/05/2014, em Goiânia, o bispo emérito da cidade de Goiás-GO, Dom Tomás Balduíno. O religioso tinha 91 anos e faleceu em decorrência de uma tromboembolia pulmonar. Ele ficou internado de 14 a 24 de abril no Hospital Anis Rassi, na capital goiana. Teve alta hospitalar, mas foi novamente internado logo depois no Hospital Neurológico, também em Goiânia, onde permaneceu até morrer. O corpo foi velado na Igreja São Judas Tadeu. De lá, seguiu para a cidade de Goiás, foi foi velado na catedral e, posteriormente, enterrado.
Tomás Balduíno nasceu no dia 31 de dezembro de 1922, na cidade de Posse, Goiás. Era filho de José Balduino de Sousa Décio, goiano, e de Felicidade de Sousa Ortiz, paulista. Seu nome de batismo é Paulo Balduino de Sousa Décio. Ao se tornar religioso, o dominicano recebeu o nome de Frei Tomás. Em 1957, foi nomeado superior da missão dos dominicanos da Prelazia de Conceição do Araguaia (Pará), onde começou a conviver com a realidade de indígenas e camponeses. Na época, a Pastoral da Prelazia acompanhava sete grupos indígenas.
Para desenvolver um trabalho mais eficaz com os índios, fez mestrado em antropologia e linguística na Universidade de Brasília, curso que concluiu em 1965. Estudou e aprendeu a língua dos índios xicrins, dos grupos cacajá e kayapó. Em 1965, foi nomeado prelado de Conceição do Araguaia. Na região, atuou para impedir a invasão de áreas indígenas e a expulsão de pequenos camponeses por parte de grandes empresas agropecuárias. Foi nomeado bispo da cidade de Goiás em 1967, onde permaneceu durante 31 anos, até 1999. Ao completar 75 anos, renunciou e se mudou para Goiânia. Seu ministério episcopal coincidiu, a maior parte do tempo, com a ditadura militar (1964-1985). Teve papel importante na criação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em 1972, e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 1975. Foi presidente do primeiro, de 1980 a 1984, e da segunda, de 1999 a 2005.