SÃO LUCAS, o evangelista é, segundo, a tradição, o autor do Evangelho de São Lucas e dos Atos dos Apóstolos — o terceiro e quinto livros do Novo Testamento. É o santo padroeiro dos pintores, médicos e curandeiros. É celebrado no dia 18 de outubro. Chamado por Paulo de “O Médico Amado”, pode ter sido um dos cristãos do primeiro século que conviveu pessoalmente com os doze apóstolos. Foi oi um médico grego que viveu na cidade grega de Antioquia, na Síria Antiga. A primeira referência a ele encontra-se na Epístola a Filemon de Paulo de Tarso, no versículo 24.
É mencionado também na Epístola aos Colossenses, 4:14 , bem como na segunda Epístola a Timóteo 4:11. A segunda menção mais antiga encontra-se no Prólogo Anti-Marcionita ao Evangelho de São Lucas, um documento que já foi datado do século II, mas que recentemente já é considerado como do século IV. Helmut Koester, estudioso alemão do Novo Testamento, defende que o seguinte texto — a única parte preservada do documento original, em grego — pode ter sido escrito, realmente no século II:
“Lucas é um sírio de Antioquia, sírio pela raça, médico de profissão. Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao seu martírio. Tendo servido ao Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da graça do Espírito Santo, morreu com 84 anos de idade”.
Alguns manuscritos afirmam que ele morreu em Tebas, capital da Beócia. Todas essas referências parecem indicar que, de fato, teria seguido Paulo durante algum tempo. Tradições mais tardias desenvolveram-se a partir daí. Epifânio de Salamina, bispo da Ilha de Chipre, assegura que ele era um dos Setenta Discípulos. João Crisóstomo, teólogo e escritor sírio, afirma que o “irmão” referido por Paulo na segunda Epístola aos Coríntios, 8:18 ou é Lucas ou é Barnabé. Gordon Wenham, estudioso do Antigo Testamento, assevera que ele era um dos setenta, um dos discípulos de Emaús, parente de Paulo e de Lúcio de Cirene. Outra tradição defende que ele foi o primeiro iconógrafo. Teria pintado a Virgem Maria, Pedro e Paulo. É por isso que mais tarde, as guildas medievais de São Lucas, na Flandres, ou a Academia de São Lucas em Roma — associações imitadas noutras cidades europeias durante o século XVI — reuniam e protegiam os pintores.