JOANA ANGÉLICA DE JESUS nasceu no dia 12 de dezembro de 1762 e faleceu no dia 19 de fevereiro de 1822 na cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia. Em 1783 foi ordenada no Convento Nossa Senhora da Conceição da Lapa. Em 1814 conseguiu o cargo de abadessa do convento por três anos. Voltou ao cargo em 1820. Antes de virar abadessa, trabalhou como escrivã, mestra de noviças, conselheira e vigária. Em fevereiro de 1822, havia lutas entre os partidários dos portugueses.
Parte deles queria manter o Brasil como colônia e outra parte queria a independência. Quando se tentava a formação de uma junta militar para o governo da província, surgiram escaramuças próximas à residência do líder dos brasileiros, o brigadeiro Manuel Pedro de Freitas Guimarães. Os portugueses prenderam o líder e passaram a fazer arruaças pela cidade. Dirigiram-se ao Convento da Lapa e arrombaram as suas portas. Quando invadiram a clausura, a abadessa tentou impedi-los. A religiosa foi abatida por golpes de baioneta. Morreu duas horas depois na cela.
O sepultamento se deu no próprio convento. Considerada heroína, passou a ser reverenciada pelo povo baiano como mártir da independência. Os líderes espíritas acreditam que a abadessa brasileira teria sido uma reencarnação da Joanna de Ângelis. De acordo com a ciência espírita, Joanna de Ângelis teria reencarnado quatro vezes: (1) Joana de Cusa, na época do Jesus Cristo; (2) nome ainda desconhecido, Itália, na época do Francisco de Assis; (3) sóror Juana Inez de la Cruz, religiosa mexicana do Século 17; e (4) sóror Joana Angélica no Século 19. A tese defendida pelo médium Divaldo Pereira Franco está no livro “A Veneranda Joanna de Ângelis”.