Bernard de Clairvaux
BERNARDO DE CLARAVAL nasceu em dia e mês incertos do ano de 1090, no Castelo de Fontaine-les-Dijon, Costa do Ouro, França. Morreu no dia 20 de agosto de 1153, na cidade de Clairvaux (Claraval).
Seus pais eram da mais alta nobreza da Borgonha. Em sua educação, demonstrou muito interesse pela leitura dos textos bíblicos. Aos 22 anos, ingressou na Abadia de Citeaux, nas proximidades da cidade de Dijon. Três anos depois, fundou o Mosteiro de Claraval e foi nomeado o seu abade. Reformador, impôs ao mosteiro regras austeras, que cita num dos seus melhores textos — “Apologia a Guilherme de Saint-Thierry” —, escrito entre 1124 e 1125. Defendeu a igreja contra o cisma, a heresia e os infiéis.
A partir de 1128, foi secretário do Concílio de Troyes, no qual fez reconhecer a Ordem dos Templários. De 1130 a 1137, apoiado por diversos reis europeus, combateu o antipapa Anacleto II. Sua influência chegou ao apogeu quando um dos seus discípulos — Eugênio III — foi eleito papa em 1145, governando a igreja até 1153. A pedido do rei da França, esse papa o autorizou a pregar nova cruzada em Vézèlau e Spira. Da sua obra escrita restaram algumas cartas, sermões, tratados e opúsculos. Foi canonizado pelo papa Alexandre III em 1174. Em 1830, foi declarado “doutor da igreja”. Sua data litúrgica é comemorada anualmente no dia 20 de agosto. Em 1951, monges cistercienses começaram a construir no sul de Minas Gerais o Mosteiro de Claraval, que deu origem à cidade do mesmo nome.
Oração à Chaga do Ombro de Jesus
“Oh! bom Jesus, Senhor e Redentor meu, que carregastes a pesada cruz de todos os pecados do mundo e também os meus; pelos méritos da chaga e dor que tal cruz rasgou no vosso ombro, eu vos peço humildemente o arrependimento e perdão de todas as minhas culpas e a graça de morrer sem pecado. E lembrando o auxílio que vos deu Simão Cireneu, aliviando o peso da vossa cruz, peço-vos ainda, em virtude da chaga do vosso ombro, que foi a mais escondida do vosso sacrifício redentor, que susciteis no mundo muitas almas vítimas a continuarem nelas a vossa paixão, e, pela generosidade do seu holocausto, suportando com amor heroico, resgatem muitos pecadores, salvem muitos moribundos, e atraiam sobre a Terra uma chuva da caridade e pureza. Amém”.
