Giovanni de Fidanza nasceu em dia e mês incertos do ano de 1221, na cidade de Bagnoregio, província de Viterbo, Lácio, então Estados Papais. Morreu no dia 15 de julho de 1274, na cidade de Lyon, Arles, França.
Quase nada se sabe sobre a sua infância. Tendo ingressado na Ordem dos Franciscanos aos 17 anos, estudou teologia na cidade de Paris, França, sob a direção do filosofo Alexandre de Halès e do arcebispo Eudes Rigaud. Ordenou-se em 1245. Em seguida, foi nomeado professor e passou a ensinar filosofia e teologia na escola do convento da capital francesa. Recebeu o título de mestre em teologia alguns meses depois de ser eleito, em 1257, diretor geral dos franciscanos. Era defensor da concepção de vida religiosa das ordens mendicantes. Recebeu o título de “segundo fundador” pelo seu trabalho de pacificação daquela ordem, que padecia de cisões internas. Sua autoridade na igreja contribuiu para a eleição do Papa Gregório X em 1271.
Esse papa o nomeou bispo — e depois cardeal — da cidade de Albano, nas proximidades de Roma. Apelidado de “doutor seráfico”, exerceu grande influência no aprimoramento da vida espiritual, que se baseava na teoria dos sete graus de contemplação. Reconheceu a força do racionalismo aristotélico, mas opôs-se a ele pronunciando conferências, nas quais expunha a síntese filosófica, teológica e mística do cristianismo. Foi o primeiro a dar ao movimento místico fundado por São Francisco de Assis uma base teológica sólida. Delegado do Concílio de Lyon, empregou seus últimos esforços para conseguir a reunião das igrejas grega e latina. Foi canonizado pelo Papa Sixto IV em 1482. O Papa Sixto V o declarou “doutor da igreja” em 1588. Dentre as suas obras escritas, destacam-se: “Metitações Sobre a Vida de Jesus Cristo” e “Breviloquium”.