Teresa

04/08/2016 — Chamada de “santa das sarjetas” durante a vida, a Madre Teresa de Calcutá foi oficialmente transformada numa santa da Igreja Católica, 19 anos após a sua morte. A cerimônia de canonização da freira foi conduzida pelo Papa Francisco diante da basílica de São Pedro, em Roma. Vencedora do Prêmio Nobel da Paz, a religiosa foi uma das mulheres mais influentes dos dois mil anos de história da igreja, aclamada por seu trabalho com os mais pobres do mundo nas favelas da cidade indiana de Calcutá. Embora criticada durante a vida e após a morte, ela é reverenciada pelos católicos como um modelo de compaixão.

O seu trabalho influenciou a abertura de filiais de suas Missionárias da Caridade em todo o mundo. O processo de canonização começou em 1999 com autorização do então papa João Paulo II. Em 2002, o mesmo pontífice ordenou ritmo acelerado para o processo, com a dispensa da exigência de cinco anos para a abertura oficial. Por causa disso, no dia 19/10/2003, a religiosa foi beatificada. O Vaticano atribuiu a ela a cura do câncer gástrico que acometia uma indiana. Esta contou ter colocado sobre o abdômen uma medalha com a imagem da Madre Teresa, alcançando o milagre. O segundo milagre que levou à canonização foi noticiado por um brasileiro. Embora tenha feito todo o seu trabalho na Índia, a religiosa nasceu na Macedônia.

Madre
ANJEJE GONXHE BOJAXHIU nasceu no dia 27 de agosto de 1910, na cidade de Skopje, Macedônia. Morreu no dia 05 de setembro de 1997, na cidade de Calcutá, Índia. Descendente de albaneses, começou a fazer votos aos dezoito anos de idade na Ordem da Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda, onde adotou o nome de “Teresa”, em homenagem à Santa Teresa de Lisieux. Uma década depois, passou a fazer parte da Congregação Missionária da Caridade, trabalhando em inúmeros países. Na Índia, fixou-se na cidade de Calcutá, onde lecionou num colégio de meninas da classe alta. Em 1948, mudou-se para a periferia da cidade, passando a trabalhar com a comunidade pobre. Por causa desse trabalho, foi laureada, em 1979, como Prêmio Nobel da Paz. Em 2007, foram divulgadas cartas em que a religiosa questiona a existência de Deus.