rosario-brochero1Rosário

16/10/2016 — O Papa Francisco proclamou santo o sacerdote argentino Rosário Brochero (1840-1914), conhecido como “o padre gaúcho”, na Praça de São Pedro, no Vaticano. A cerimônia de canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu na Argentina foi acompanhada por milhares de compatriotas, sobretudo de Córdoba, a sua região natal, e pelo presidente do país Maurício Macri e a família. Também foram proclamados outros seis santos: o mexicano José Sánchez del Rio, assassinado aos 14 anos durante a revolta contra os chamados “cristeros”; o bispo espanhol Manuel González García; os sacerdotes italianos, Lodovico Pavoni e Alfonso Maria Fusco; e os franceses, Salomone Leclercq e Elisabetta Catez.

rosario-brochero2JOSÉ GABRIEL DEL ROSÁRIO BROCHERO nasceu no dia 16 de março de 1840, na cidade de Santa Rosa de Rio Primero, Córdoba, Argentina. Morreu no dia 26 de janeiro de 1914, na cidade de Villa Cura Brochero. Com 14 anos começou os estudos para se tornar padre. Em 1858, foi admitido na Universidade Nacional de São Carlos. Recebeu a tonsura em 1862 e se tornou diácono em 1866. Recebeu o sacerdócio no mesmo ano, ingressando na Ordem Terceira de São Domingos. Em 1896, recebeu o título de mestre em filosofia na Universidade de Córdoba. Nos anos subsequentes, criou ordens, escolas e entidades para melhor direcionamento do seu serviço comunitário. Ficou conhecido por viajar por longos trajetos na Argentina no lombo de uma mula. Morreu, mudo e surdo, aos 74 anos.

rosario-brochero3A causa da sua beatificação foi iniciada em 17 de março de 1967 na Argentina, durante o papado do Paulo VI, recebendo o título de “servo de deus”. O processo começou de fato em 1968, quando teve início a reunião de documentos e testemunhos referentes à sua vida e às suas virtudes. O processo foi enviado a Roma em 1997, de modo a permitir a análise por parte da Congregação para a Causa dos Santos das condições ou não para o prosseguimento da causa. O Papa João Paulo II reconheceu que Brochero teve uma vida virtuosa e heroica, declarando-o, assim, “venerável”. O Papa Bento XVI aprovou um milagre atribuído à sua intercessão em 2012, o que permitiu a realização de sua beatificação. O Papa Francisco, ao torná-lo “santo” em 2016, afirmou que o religioso, em vida, se dedicou inteiramente ao seu rebanho, proporcionando melhoria de vida aos mais pobres.


 

 



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