Ilusões

AS ILUSÕES PERDIDAS foram originalmente publicadas em 1843 na França. No Brasil saíram diversas edições, com destaque para uma de luxo em capa dura de 1981 da editora Abril Cultural. Essa edição teve 365 páginas, cuja tradução coube aos gaúchos Ernesto Pellanta (historiador) e Mário Quintana (poeta). O texto do francês Honoré de Balzac é uma das obras centrais dos dezessete volumes constitutivos da “A Comédia Humana”. O ambiente do romance é a restauração da monarquia na França. Tendo-se imposto a tarefa de registrar os acontecimentos da época, o autor focou especialmente nas perturbações relacionadas a dinheiro.

As conclusões chamam a atenção para os contrastes definidores dos diferentes domínios culturais entre monarquistas e liberais, aristocracia e burguesia, esbanjadores e virtuosos e os depravados da capital Paris e as províncias. Impregnadas pelas imagens teatrais, as três partes do livro narram a história do poeta provincial Lucien de Rubempré. Ele acalenta ilusões em sua província na companhia do seu alter ego David Séchard. Apresentado ao mundo literário, jornalístico e político de Paris, o jovem sofre sucessivas desilusões. O estilo do Balzac é marcado por ingenuidade e vulgaridade. Os críticos de maneira geral celebram os poderes de observação do autor. O “As Ilusões Perdidas” foi várias vezes adaptado para o cinema. É considerado um clássico da literatura universal.

Balzac

HONORÉ DE BALZAC nasceu no dia vinte de maio de 1799 na cidade de Tours na Região Central da França. Morreu no dia dezoito de agosto de 1850 na cidade de Paris. Era filho de uma família bastante humilde. Com oito anos foi enviado para estudar numa rigorosa escola religiosa, onde ficou por sete anos. Conta-se que era muito indisciplinado. Por isso, durante os castigos recebidos, aproveitava para ler tudo o que podia. Ao entrar na maioridade decidiu se tornar escritor. A primeira obra, a tragédia em versos “Cromwell”, saiu em 1819. A partir de 1829 começou a compor a “A Tragédia Humana”, considerada pela crítica a sua obra-prima. São dezessete romances, os quais fizeram dele um dos maiores autores da literatura mundial em todos os tempos.