01Io

IO era filha do deus fluvial Ínaco com a Mélia ou a Iásio, conforme as variantes da lenda. Sacerdotisa da deusa da família Hera, manifestava extraordinária beleza. Levado pelos encantamentos da moça, o deus supremo Zeus amou-a. Em seguida, o deus a transformou numa novilha branca para poupá-la dos ciúmes da sua mulher. Hera, entretanto, desconfiou. Assim, exigiu que o animal lhe fosse consagrado e o entregou à guarda do Argo, o vigilante de cem olhos. Zeus se apiedou da amante e encarregou o Hermes de libertá-la. O mensageiro dos deuses cumpriu a missão.

Encolerizada, a Hera enviou um moscardo, que, prendendo-se nos flancos da novilha, enfureceu-a. O animal vagou todo o território grego sem jamais se deter. Atravessou o mar pelo estreito que separava as costas europeias das asiáticas, errou pela Ásia e quase à morte chegou ao Egito. Nesse país retomou a forma primitiva e deu à luz ao Épafo. Por ordem da Hera, os curetes raptaram o menino, fazendo com que a Io saísse à procura dele pelo mundo. Encontrando o filho, ela retornou ao Egito, onde passou a ser adorada com o nome de Isis. Em 1610, o astrônomo italiano Galileu Galilei homenageou a Io dando o nome dela a uma das quatro grandes luas do Planeta Júpiter.

Referência

CURETES — Eram divindades nascidas na Eubeia, filhas do Soco e da Combe. Banidos pelo pai, um ser violento, passaram com a mãe pelas cidades de Creta e Knossos. Na Frígia trabalharam na educação do deus do vinho Dioniso. Em seguida chegaram à Ática, cujo rei os ajudou a se vingarem do pai. O fato mais relevante do mito é que com seus uivos e danças tumultuosas, os curetes impediram nos primórdios o Crono de ouvir o choro do Zeus. Mais à frente caíram na ira do deus supremo ao raptarem o Épafo e a Io. Por isso acabaram fulminados por um raio.


 

Mitos Gregos

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