Horas

HORAS originalmente eram três: Eunomia, Dice e Irene. A primeira representava a disciplina. A segunda representava a justiça. A terceira representava a paz. Filhas do deus supremo Zeus com a Têmis, a deusa da justiça, eram primitivamente divindades das estações. Mais tarde passaram de três para doze para personificarem as horas do dia. Os atenienses as chamavam de Talo, Auxo e Carpo, nomes que evocam a ideia de desabrochar, crescer e frutificar. Tinham dupla função: presidiam a vegetação e zelavam pelas instituições políticas e sociais.

No Monte Olimpo, as Horas executavam as mais diversas tarefas. Desatrelavam os cavalos do carro da deusa Hera, vigiavam as portas divinas, cuidavam dos aposentos da deusa Afrodite, figuravam no cortejo do deus Dioniso e estavam entre as companheiras da deusa Perséfone. Conforme uma tradição tardia, uma delas uniu-se ao deus do vento oeste Zéfiro e com ele teve a Carpo. Eram representadas sob o aspecto de graciosas jovens: dançavam em companhia das Musas e das Graças. Tinham à mão produtos agrícolas de diversas estações: flores, espigas de trigo, cepos de videira, frutas.