HERMAFRODITO era filho do Hermes e da Afrodite. O nome deriva assim dos nomes do deus mensageiro e da deusa do amor. Foi educado pelas ninfas na floresta do Monte Ida na Região da Frígia. Com quinze anos começou a correr o mundo e chegou à Região da Cária na Ásia Menor. Lá, foi visto às margens de um lago pela ninfa Salmácida. Apaixonada por ele, a moça tentou em vão seduzi-lo. Quando o jovem se lançou na água para se banhar, a ninfa também o fez e o abraçou.
Durante o ato, implorou aos deuses para que jamais pudessem se separar. Atendendo à prece da ninfa, os imortais os uniram num mesmo ser de natureza dupla: masculina e feminina. Por sua vez, o Hermafrodito, aflito e envergonhado, fez então o seu voto, amaldiçoando o lago. Assim, todo aquele que ali se banhasse seria igualmente transmutado, como ele próprio. O mito do Hermafrodito é delineado especialmente na obra “Metamorfoses”, poema escrito pelo Ovídio no Século 8. O mito foi diversas vezes retratado no cinema.
Referências
SALMÁCIDA era uma ninfa da Região da Cária. Apaixonada pelo Hermafrodito, obteve dos deuses o privilégio de permanecer para sempre unida amado. Dessa união surgiu o intersexo, pessoa com características sexuais duplas.
METAMORFOSES — Obra do poeta latino Ovídio. Constitui-se de quinze livros escritos em hexâmetro dactílico. Tem 250 narrativas e doze mil versos compostos em latim. Esses versos transcorrem poeticamente sobre a cosmologia e a história do mundo.