IonÍon

ÍON era filho do deus da luz Apolo com a Creúsa, filha do Erecteu, rei da Ática. Após o nascimento, o menino foi abandonado pela mãe. A rejeição decorreu do fato de a moça ter sido engravidada contra a vontade. Por ordem do Apolo, o deus mensageiro Hermes levou o recém-nascido para a cidade de Delfos e o confiou à sacerdotisa do templo do deus. Mais tarde, a Creúsa casou-se com o Xuto. Como essa união permanecia estéril, o casal se dirigiu a Delfos para consultar o oráculo.

O oráculo — a voz do deus Apolo — respondeu que o casal deveria adotar como filho a primeira criança que visse ao sair do templo. Essa criança foi o Íon. Íon se casou com a Hélice, a filha única do Selmo, o rei da cidade de Egíalo. Com a morte do sogro, subiu ao trono. No cargo de rei, fundou uma outra cidade a que deu o nome de Hélice. Também batizou com o nome de iônios — ou jônios — os habitantes do seu reino. Com a morte do avô Erecteu assumiu também o trono da Ática. Dividiu-a em quatro partes, entregou cada uma dessas partes a quatro tribos e organizou o território politicamente. A história do Íon e da mãe Creúsa foi transformada em peça teatral em 414 a.C. pelo autor Eurípedes de Salamina.

Referência

Os jônios eram um povo indo-europeu que se estabeleceu na Região da Ática e na Península do Peloponeso na Grécia. Depois foram para a Ásia Menor. Nesta região habitaram as cidades de Halicarnasso e Esmirna entre os séculos 12 e 10 antes da Era Cristã. Na Grécia formaram a Liga Jônia, entidade composta por doze cidades florescentes: Éfeso, Samos, Priene, Colofão, Clazômenas, Quios, Mileto, Teos, Mionto, Lêbedo, Foceia e Eritras. No Século 5 a.C. foram derrotados pelos persas. A revolta deles deu origem às Guerras Médicas. O termo “jônico” era utilizado como sinônimo de grego, embora seja apenas uma das quatro etnias que formaram esse povo, juntamente com os aqueus, os eólios e os dóricos.


 

Mitos Gregos

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