Glauco

GLAUCO era filho do deus das águas Poseidon com um náiade, ninfa do elemento líquido. Transformou-se na idade adulta num pescador da região da Beócia. Um dia, ao depositar o pescado sobre uma erva da praia, notou que os peixes se agitavam estranhamente e voltavam a precipitarem-se no mar. Provou da erva e logo sentiu-se atraído pelas águas. O deus Oceano e a deusa Tétis o acolheram, despojaram-no de tudo o que o tornava mortal e admitiram-no entre as divindades marinhas. Glauco assumiu a forma de um velho de cabelos e barba da cor do mar, torso recoberto de algas e o corpo terminado em cauda de peixe. Recebeu o dom da profecia. Os oráculos dele eram ouvidos com muito respeito pelos marinheiros.

Segundo uma versão, a Sibila de Cumas era filha do Glauco. Ele teve outras importantes participações na mitologia grega. Apareceu particularmente ao Menelau, quando o rei de Esparta, ao retornar da Guerra de Troia, dobrou o Cabo de Maleia na região do Peloponeso. Acompanhou também o navio Argo, do qual, segundo outra tradição, foi construtor. Combateu ao lado dos Argonautas contra os tirrenos, povo da Itália Central. O amor do Glauco pela Cila custou à jovem a transformação num terrível monstro, graças aos encantamentos da Circe. Nos amores, também pretendeu conquistar a Ariadne, a filha do rei Minos, quando o herói Teseu abandonou a moça na Ilha de Naxos. Foi, entretanto, preterido em favor do deus do vinho Dioniso.

Outras
tradições

GLAUCO era filho do Antenor, um guerreiro troiano, e da Teano, filha do rei da Trácia. Ajudou o príncipe Páris Alexandre a raptar a rainha Helena de Esparta. Indispôs-se assim com o pai, que abominava violências. Combateu ao lado dos troianos contra os gregos. For morto pelo rei Agamenon. Segundo outra tradição, teria sido salvo pelo Ulisses e pelo Menelau, a quem Antenor concedera hospitalidade.

GLAUCO era filho do Sísifo, rei da cidade de Corinto. Celebrizou-se pela habilidade na arte de montar. Para tornar os cavalos mais velozes, impedia-os de copularem, o que lhe custou severa punição por parte da Afrodite. A deusa do amor, vendo na atitude dele uma ofensa às leis da natureza, enfureceu os animais. Assim, quando participava de jogos fúnebres em homenagem ao Pélias, o Glauco foi arremessado do carro e devorado pelos cavalos.

GLAUCO era filho do Hipóloco. Durante a Guerra de Troia, comandou com o primo Sarpedão o contingente lício. Destacou-se na guerra pela engenhosidade e bravura. Foi morto pelo Ájax, filho do Telamão.

GLAUCO era filho do Minos e da Pasífae, rei e rainha da cidade de Creta. Um dia, ao perseguir um rato, caiu num jarro de mel e se afogou. Foi ressuscitado pelo Políido, um adivinho da cidade de Corinto. Segundo outra versão, o ressuscitamento teria sido obra do Esculápio, filho do deus Apolo e mestre em medicina.


 

Mitos Gregos

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